Omar Talih


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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Tempos...

Tenho pensado muito sobre um monte de coisas que me atormentam, as vezes. É uma espécie de crise existencial, onde tento entender o que se passa ao meu redor e porque certas coisas acontecem. Num desses devaneios, fiquei pensando no tempo. Para falar a verdade, acabei meio confuso, pois o futuro não existe, o presente é efemero e vivemos apenas do passado. Não do passado remoto, mas daquele imediatamente após uma ação. Vejamos;  medida que vou fazendo coisas, elas vão ficando no passado e meu ato contínuo, no presente pouco dura. O futuro nunca chega. É apenas uma projeção da possibilidade de que ainda estarei aqui, sempre me utilizando do que fiz, tempo passado, no momento presente. O ar que respirei, já passou e recebeu uma carga de outros gases. Como se vê, nossas ações no presente são muito voláteis e passageiras. As coisas feitas, que estão no passado, nos orientam e delas que nos tornamos o que somos. Ninguém se faz por ações que farão no futuro e o presente é apenas o acúmulo de coisas que ficarão no passado e moldam tudo que acontece no presente. Oscar Niemayer é o que é, no presente, pelo que fez, no passado. Nossa civilização é puramente cultural e aprende com o acúmulo de conhecimento e aprimoramento deste. As vezes vejo gente profetizando que no futuro será assim ou assado, mas até hoje, não me recordo ou tenho conhecimento de que alguém tenha realmente pre-visto qualquer coisa. Naturalmente, não sou cético para dizer que isto é a verdade, pois nem sequer sei o que é verdade. Bom, sei lá. Foi apenas um ataque de "fantastiquite", como nos velhos tempos. Acho que seja pelo tempo livre para pensar besteiras.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Ser ou não ser (construtor)

Há dias que nada posto no blog. Falta de assunto? Não! Apenas envolvido com um trabalho que me impossibilita acesso ao PC. É engraçado como o tempo nos ensina coisas que insistimos em não ver. Por vezes queremos fazer uma coisa, a mente ordena, mas o corpo diz não e nada o faz obedecer a ordem recebida. Durante muitos anos, trabalhei como construtor. Fazia de tudo e comandava um punhado de operários.

 Cansei-me e mudei de profissão. Mas, construir é como andar de bicicleta, voce não esquece, a diferença esta em voce ser sempre chamado para um serviço ou outro e nunca para um passeio de byke.
De trocar a lampada a fazer puchadinho, sempre será lembrado. Naturalmente, os que faço, são por prazer e consideração pela pessoa ou pessoas que o pediram. Outros ignoro ou digo que parei de faze-lo.

Também há as filhas que mudam de apartamento e sou o convidado de honra para fazer a mudança, pintar o ap a ser entregue e reformar o outro. Estou cansado e "quase" pagando para alguém faze-lo por mim. Gostaria imensamente de fazer por elas... mas preciso de um mes para repouso. São os anos de "experiencia".
Ser corretor de imóveis é muito mais divertido, lucrativo e me dá enorme prazer.


sábado, 15 de maio de 2010

Cuecas...



Para a Clara que, creio, gosta mais do recheio que da cobertura...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Com que roupa eu vou...



  Tão importante quanto a cobertura.... é o recheio 

é por isso que abrimos a bolacha...
pra comer o recheio...huuummmmm!!!!!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Ser magra

Desejos de um corpo perfeito

Os extremos são sempre ruins. Mulheres e homens que extrapolam na busca doentia de um corpo perfeito acabam se tornando algo difícil de se aceitar como uma simples escolha pessoal. Beiram a patologia, doença mental, distorção da realidade.
Buscamos a realização de um ideal que existe apenas no imaginário. Nós homens, quase todos e muitas mulheres, sonhamos com uma parceira perfeita; bonita, inteligente, que goste muito de sexo, esteja sempre disposta, seja carinhosa, compreensiva, e companheira que "nos diga meias verdades, sempre a meia luz, que nos faça supor que somos os maiores e que a possuímos, mesmo que na manhã seguinte sem contar até 20, nos afastemos, pois seremos tão somente páginas viradas, destacadas de seu folhetim."
Por outro lado, também as mulheres, quase todas e muitos homens, procuram seu par ideal, mais imaginário que real. Um homem forte,"moreno alto, bonito e sensual", que seja carinhoso, compreensivo, goste muito de sexo, que as faça feliz, que tenham cara de cafajeste, sejam bom de cama e acima de tudo seja fiel. Assim, nesta busca
 " De noite ronda a cidade, a lhe procurar sem encontrar, no meio de olhares espio nas mesas dos bares, você não está.Volta pra casa abatida, desenganada da vida. No sonho vai descansar, nele você está. Ai se tivesse quem bem a quisesse, esse alguém lhe diria:
Desiste essa busca é inútil, ela não desistia. Porém com perfeita paciência, segue a procurar, há de encontrar, bebendo com outras mulheres, rolando um dadinho, jogando bilhar..."  Mas porque somos assim? Mulheres querem ser magras. São loucas para alcançar o corpo perfeito e perdem o senso de ridículo.
 Homens fazem misturas malucas para ficarem com o corpão sarado e acabam se transformando em aberrações.




domingo, 9 de maio de 2010

Contra a guerra no transito...

___ Vá tomar no meio do seu C@... barbeiro, viado!


Não fique nervoso, vá pescar... mergulhar...
___ Ele bem que pediu... mas eu não dou... nem a pau!
___ Que malvada! Libera, vai!

sexta-feira, 7 de maio de 2010

A MORTE de meu sOgro!

Todos temos uma hora para partir. Para a chegada, houve um preparo e espera por algum tempo, assim, havia quase tudo que se fazia necessário à disposição. Com a partida é diferente. Ninguém se prepara, embora, muitas vezes sejamos avisados com muita antecedencia. A doença incurável, a idade avançada, são sinais claros de que estamos próximos do momento de encerrarmos as atividades e desocupar o lugar para o qual fomos convocados. Já cumprimos nossa missão. Hora de ir. Naturalmente, durante nossa estada por estas paragens, criamos vínculos, amizades e desejos de uma eterna presença, imortalidade. Como não o somos, criamos ilusões de vida eterna para a alma e reencarnação de alguma forma, lugar e corpo diferentes.
Pessoas passam pela vida da gente e deixam marcas, nem sempre agradáveis e quando se vão, não nos faz sentir saudades ou desejos de mais alguns anos de vida.


Foi assim com meu sOgro.
Quando o conheci, já estava "quase" casado e o pedido foi apenas para não ofender famílias, pois há 26 anos os costumes eram outros. Sei que de início, embora aceito no seio familiar, não era exatamente o que eles, meus sOgros desejavam para a sua filha. Mas não havia retorno, a neta deles estava a caminho e nasceu "prematura" cinco meses após o casamento. Saudável e bela depois de nove meses de gestação.

Embora, para mim, a vida seja uma grande festa e nós somos os convidados de honra, um dia seremos convidados a nos retirar para o descanso eterno. A vida foi boa, naturalmente com todos os tropeços que são normais num relacionamento, afinal, trazia comigo costumes diferentes e muitas vezes conflitantes com os habituais daquela casa. Na verdade, creio que os sOgros não gostavam de nenhum dos genros. Eles, genros, não correspondiam com as expectativas de riqueza e cultura almejadas, mais riqueza que cultura, afinal conhecemos muitas pessoas cultas, sem um vintém, sem eira nem beira. E o tempo passou para todos.
Percebi que, muitas vezes os sOgros podem e são muito mais perversos que as sOgras. As atitudes deles são sutís, dissimuladas mas muito ferinas. Mas, o tempo deu sinais de que a hora estava chegando e a doenças se fez mais forte. Oitenta anos. É uma boa idade para se morrer. Ele também já estava cansado, queria e merecia o justo descanso. Após alguns meses, internação e a certeza que não voltaria para casa, nem para o velório que, diferente de outros tempos, já não se fazia em casa.
Desentendimentos, falsidade exacerbada, fingimentos e choros que não sabíamos se era de crocodilos ou lágrimas forçadas.

 Durante uma semana, revezavam-se as carpideiras, derramando lágrimas e pedidos aflitos para que ele, em seu leito de morte, falasse com elas. Imploravam para que lhes pedisse qualquer coisa, dissesse uma só palavra para seu consolo. Talvez elas estivessem tentando se redimir dos anos de esquecimento e pagariam qualquer preço para purgar seus remorsos. Mas, o orgulho estava lá, oculto nas atitudes de irmãos que não se falam, que saem por uma porta quando um entra pela outra. Hipócritas que como urubus na carniça, se apossam dos parcos bens deixados de herança. Foi uma semana difícil e com o enterro do velho, quase que enterro também meu casamento. Mas isto já é uma outra história.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Se conselhos fossem...


Diz um velho ditado que, se conselho fosse bom, seria vendido, não dado. Vimos há alguns dias a recomendação do Ministro da Saúde para que façamos mais "SEXO". Pelo que pude perceber, a frase do ministro não foi algo pensado. Ele apenas falou sem a intenção implícita de fazer o que acabou fazendo. Honestamente, já havia visto esta recomendação há muitos anos e todos os benefícios que temos na prática do sexo. É um ótimo exercício, não posso dizer que seja de baixo custo, pois nem sempre é. Os preços dos motéis estão pela hora da morte e os adereços que precisamos também: Camisinhas (indispensáveis), lubrificantes com sabor ou não, mas são auxiliares nestas horas e o que se faz depois, como uma lanchonete, etc.
É natural que numa sociedade hipócrita, isto seja visto com tanto alarde. Temos sete bilhões de habitantes no planeta e muito antes da fala do ministro, já se fazia muito sexo, por prazer, para prevenir doenças ou simplesmente procriar. Nada de novo portanto. É claro que aproveitei a reportagem e mostrei para a parceira, com a costumeira intenção de colocar em prática a recomendação do ministro, não que precisasse.


Digo parceira, porque somos parceiras na ação. Senão, haverá muita passividade no ato e eu particularmente não gosto disto. Acredito que isto, a relação, seja como um jantar para dois. Ambos tem que gostar e se sentir satisfeitos no final.
Mas, a ação não foi assim tão bem recebida e num diálogo com a revista, fui recriminado por alguma coisa que tenha feito no passado:
__ Sabe, revista, estou cansada dessas fantasias e não ser notada. Sabe quantas vezes coloquei aquele shortinho... esperei um elogio e nada...
Dei um sorriso amarelo e tentei me desculpar, mudando um pouco de assunto. É que na verdade certas coisas não tem desculpas. O castigo foi dormir apenas na intenção. Não que não tenha tentado argumentar:
__ Você sabe que 'sexo' é a melhor coisa para a memória, alivia as tensões, tira a dor de cabeça...
Mas, nada convenceu. Então, lembrei que em outras reportagens, havia lido que mulheres, pelo menos a maioria, prefere um bom chocolate ao sexo. Dizem que sentem mais prazer. Pode ser, afinal o chocolate é algo delicioso que, ambos, homens e mulheres podem comer sem culpa. Mas cá entre nós, porque não aproveitar os dois. Segundo alguns estudos, o chocolate é muito calórico e engorda.
É uma tentação não podemos negar e podemos comer a qualquer hora, em qualquer lugar. O chocolate realmente nos dá um enorme prazer, mas temos tantas coisas a nos tentar para o ato "libidinoso" que temos que fazer as escondidas, em horas próprias para tal e não esta tão à mão quanto um "inofensivo" chocolate.


   E, quem diz que os estímulos são apenas para homens, engana-se. Há uma fartura deles para todos os gostos. Sabemos que muitos e muitas, preferem um chocolate ou uma parceira/o do mesmo sexo. Não importa. O que conta é a prática do mais gostoso exercício que pode haver, pelo menos na minha modesta opinião. Naturalmente, se analisarmos as propagandas, a quase totalidade é dirigida ao publico masculino, quando se trata de alguns produtos como cerveja, carro e futebol. Mas isto será comentado em outro post sobre a sensualidade dos anúncios. Mas como sabemos que por trás de tudo que fazemos neste nosso tão maltratado planeta, tem um fundo de comercio.

Façamos da maneira mais correta possível. 
Casados, amasiados, homo, emo ou qualquer outro, não importa, continuemos a comer chocolates, fazer muito sexo, com recomendação do ministro ou não. Mas sem nunca esquecer da prevenção contra DSTs.
Use camisinha sempre e divirta-se.


domingo, 2 de maio de 2010

Casamentos...

A ultima vez que entrei em uma igreja para uma cerimonia religiosa, foi em meu próprio casamento há 26 anos. Depois disto não me lembro de te-lo feito novamente por qualquer razão que seja. Não sou religioso e não vou dar minha opinião sobre isto agora. Hoje, o que falarei é sobre o casamento que estive no ultimo dia de Abril. É engraçado como algumas coisa acontecem no ultimo dia do mês. 31 de Março, morreu meu (s)Ogro, que postarei um comentário a respeito noutra oportunidade. Voltando ao casamento, chegamos atrasados, a noiva estava parada na porta da igreja, já entrando e todos os convidados estavam em pé, vendo-a desfilar rumo ao altar, para oficializar aquilo que eles já vinham fazendo a tempos. Sexo.
Honestamente, não senti nenhuma emoção mais forte. Olhei para todas as pinturas pelas paredes e teto. apenas aquelas passagens bíblicas, com personalidades da paróquia; padres, bispos e pessoas do povo. Ninguém que eu conhecesse, mas sabia que era da região. Nossa cidade ainda é um feudo que resiste a modernidade e procura manter as tradições a todo custo. Olhando também para o povo que enchia a igreja, notei que também não os conhecia e cheguei a perguntar  se estaríamos em casamento errado. Não pois conheço o noivo e os parentes dele, que por sinal, são parentes de minha mulher, não gosto do terno "Esposa", lembra 'ex posa' e  a palavra nos trás algumas vontades contidas. Bom, a orquestra que acompanhava a cerimonia era razoável, algumas coisa deixava a desejar, por exemplo, as roupas que parecia terem sido retirada as pressas do armário e não tiveram tempo para passar. Além do repertório que poderia ser melhor. Mas, o casamento não era meu e quem escolheu as canções não fui eu. Depois daquela enrolação toda, fomos para o melhor: A festa.  Em outros  casamentos que fui, só nas festas, me sentia mais a vontade, rodeado de "crianças" que faziam a maior farra comigo e deixava a velharada indignada. Crianças com mais de 20... somos todos assim, quando temos oportunidade. Mas, crianças de verdade, havia poucas e muito comportadas. O engraçado é que todos estavam de ternos, sociais demais para um casamento divertido. Mas, os comes e bebes estavam ótimos, Excelente 'Buffet' do Miro.  É claro que levei um punhado de "chocolate recheado" de lembrança e estava delicioso. As horas foram passando e eu estava com uma enorme vontade de ir para casa e fazer minha própria lua de mel. Afinal, o que fazemos depois de festas de casamentos?
Dormir é que não era minha vontade. Mas, esta festa não dá para fazer sozinho e minha convidada especial, já foi logo avisando que estava pintando uma dor de estômago que no caminho virou dor de cabeça. Já envoltos nas cobertas, vi que a única coisa que teria, seria uma "boa noite de sono". Então, enquanto a festa continuava para os convidados e os noivos já estavam em viagem, tudo que eu podia fazer era soltar as amarras e desarmar o circo. Me senti como um 'palhaço' no fim do espetáculo. E a vida continuaria normal no dia seguinte, ou melhor, horas depois, pois já era outro dia.