Omar Talih


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sábado, 22 de janeiro de 2011

Os complexos...

... que nunca tive.
Até meados da década de 1970, não havia a paranóia que hoje assombra a maioria dos machos da raça humana. O tamanho do cabo do instrumento de trabalho ou de diversão.
Foi por essa época que surgiu nos filmes pornográficos, um ator que tinha tal instrumento de tamanho descomunal; John (Taco) Holmes, que tinha vergonha dele e encontrava dificuldade para encontrar parceiras disposta a participar do trabalho. Mas, sempre há quem tope encarar o "negócio" por dinheiro e assim começou a se criar um mito. Com o passar dos tempos, outros surgiram e a industria de pornografia começou a lucrar muito. Claro que junto da necessidade de se ter algo maior para mostrar, nasceu uma enorme industria de produtos secundários que prometiam milagres e todos acreditaram, injetando milhões neste mercado. Embora os cientistas sempre souberam que o importante não era o tamanho, mas, a forma de se usar aquilo que a natureza nos deu, muitos deles aproveitaram para ganhar algum e emprestaram seu prestígio à materiais que não tinham nenhuma utilidade. Há inúmeros exemplos de sugadores penianos, esticadores e outros métodos que podem causar séria lesões.
Também surgiu a necessidade de construir alguns mitos femininos, como a magreza e falta de pelos,
esquecendo se que muitos, iguais a mim, apreciam a diversidade de cores, cheiros e sabores de uma "peruca" bem cuidada. Nada contra as carecas, nós as amamos também, mas é muito bom ter em que fazer um 'cafuné', mesmo que os cabelos sejam curtos.
Parece que a maioria dos homens perderam seu instinto de caçador e esqueceu se que muitas são as armas para se entrar numa dessas batalhas. E, no desespero de mostrar algo que não possuem, dão pouca importância para a arte de se usar uma ferramenta, pois muitas há e, cada uma desempenha um papel primordial na construção da espécie.
Marretas com cabos muito grandes, são para trabalhos rápidos, pois exigem muita força e cansam logo.
 Por outro lado, uma pequena demais, não rende e pode não satisfazer os envolvidos na tarefa. Porém, não posso imaginar um escultor usando um marretão ou um ourives sem seus martelinhos. Na verdade, não teríamos essas necessidades se aprendêssemos a usar o que temos e a fazer bom proveito disto.
Sei que não posso convencer ninguém a ficar satisfeito com o instrumento que ganhou. Vemos hoje as clínicas especializadas em aumento penianos ou reconstituição de "virgindade", ganhando rios de dinheiro, tentando satisfazer seus clientes cada dia mais insatisfeitos com os resultados.


Afinal, você sempre vai achar que a Ferrari do vizinho é mais veloz que a sua.

Anjos no armário!

(A propaganda é ruim, mas a fotografia...)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Tem que ser sempre assim?

                                       Até que a MORTE os separe... ou os leve juntos!

domingo, 9 de janeiro de 2011

LIBERDADE...

               Abre as asas sobre nós; liberta nos da ignorância e da preguiça que nos escravisa.
(escraviza, com 'Z')

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Churrasco de buraco!


No sul, chamam de "Churrasco de chão", mas o gosto e a finalidade são as mesmas: O prazer da carne.
Há muito que planejo fazer um, mas a oportunidade me fugia sempre. Dia desses, comentando com um amigo, disse-me que havia visto em um filme, o mocinho, deveria ser filme de aventura ou cowboy, assar um porco selvagem em um braseiro feito no chão. Então ele comprou um porco, de uns 10 kg e levou para casa dele para fazê-lo daquele jeito. Daí começaram os palpites... Um sugeri isto, outro aquilo e por fim a mãe dele disse para colocarem numa forma e assar no forno. Acabou que comeram o porquinho sem a presença dele. Mas, a vontade ficou. Depois disto, comentei com minha mulher que faríamos o "churrasco de buraco".
Ela olhou-me com ar de autoridade e disse: "A salada tem que ser lavada e não pode pegar com a mão!".
Argumentei que aquilo era um ritual onde voltamos as nossas origens e apenas nos sentimos como homens das cavernas.
Aí o pau comeu e por pouco não acabamos brigando, onde com certeza eu sairia perdendo além do churrasco, a mulher, levaria alguns hematomas de lembrança. Nesse mesmo dia, fomos a casa de um 'cunhado' (deste eu gosto muito, mesmo) e meu amigo que é irmão de minha mulher, também foi. Lá começamos a falar outra vez do tal churrasco. Para entender a situação, que me parece estar embaralhada, explico: Meu amigo, é irmão de minha mulher e fomos na casa de outra irmã deles. O outro cunhado é marido da minha cunhada. Voltando ao dito cujo, no meio da conversa, minha cunhada, minha mulher e a mulher do outro, começaram a falar que sem higiene não haveria churrasco. Que mesmo que fosse no meio do mato, teríamos que nos portar como gente civilizada, matando assim qualquer intenção nossa de voltarmos as raízes e termos um dia de "Trogloditas", rasgando a carne mal passada e comendo com a mão.
A discussão ficou acalorada com uma delas chorando, depois de alguns copos de vodka. Achei melhor encerrarmos a conversa e adiar os planos por uns dias. Creio que teremos que fazer um churrasco para homens apenas e perdidos no meio da mata.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

RITOS de PASSAGEM...

...ou o que comemoramos?
Todo final e começo de ano é a repetição do anterior. Falsidade a flor da pele, e a mesma indagação: Afinal, o que estamos comemorando? A MORTE de alguém (representado pelo ano que se vai) ou o nascimento de outro que renova o desejo, mas quase nunca a ação! Morte/Vida. Celebramos a morte daquilo que nos foi ruim, e desejamos sinceramente que algumas pessoas também se fossem com o ano velho e comemoramos o nascimento de um novo ano que nos traga tudo aquilo que não fomos capazes de conseguir em um ano inteiro. Assim como nas orações que fazemos nessas datas, apenas uma repetição decorada e sem grandes convicções dos desejos emanados; Tenha muito dinheiro, saúde e paz. Amém. Sempre achei que estas festas nada me diziam e por não querer comemorar como faz a maioria, recebi criticas ferozes. Agora que já sabem que não adianta me chamar para as comilanças de fim de ano, passo dias melhores. Em minha crença. amigos devem ser lembrados todos os dias e devemos estar presentes todas as horas que se fazem necessária a presença e também respeitar os momentos em que se quer ausência, por mais tentador que seja dar um palpite e oferecer ajuda. Muitas vezes ajudamos mais com o deixar sozinho, introspecto. Enfim, terminou uma década e iniciou-se outra. Pergunte-se: Como eu estava há cinco/dez anos atrás? Responda com sinceridade: O que quero para os próximos anos? Se olharmos para trás, veremos uma grande nebulosa ao lado de um enorme buraco negro. Então, já é 2011, temos uma nova presidente(a), se quiserem. Sinto me quase livre para planejar as ações desta nova década. Que os espíritos promovam o equilíbrio de minhas decisões.