Omar Talih


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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Tragédias de todos nós.



Há algum tempo houveram vários incêndios em favelas da capital paulista deixando desabrigadas centenas de famílias. O governo federal mal tomou conhecimento, o do estado prometeu e nada fez, afinal eram apenas pessoas pobres, excluídas ocupando um espaço muito valorizado e num clara limpeza sócio-econômica, aos poucos medidas para evitar nova ocupação foram tomadas e a posse da área garantida aos proprietários, não importando a função social prevista na constituição, e como no caso do Pinheirinho, não importando sequer a dívida de milhões do tal dono para com a união, logo, também com o povo que ocupava a área e queria pagar por ela. 
No Rio, temos visto desastres acontecerem sempre do mesmo jeito e na mesma proporção trágica. Milhares morrem, o governo federal envia recursos, as autoridades locais recebem e não se sabe como e porque, nada é feito até a próxima tragédia. Passam os anos e os responsáveis por receber e distribuir as doações enviadas para as vítimas, se apoderam e as vendem descaradamente ou simplesmente as abandonam para apodrecerem em algum galpão pertencente a prefeitura.
No caso dos incêndios em casas de shows, é notório que nada se aprende com os erros vividos em outros lugares. Mais chocante é ver a idiotice daqueles que sem nenhum conhecimento, se atrevem a brincar com fogos de artifício em lugares fechados e com poucas ou nenhuma saída para se usar em caso de acidentes.
Quando ocorre uma tragédia nesta proporção, vemos "famosos" do mundo todo postando seus sentimentos de dor e solidariedade com as vítimas e familiares, não sem antes vestirem aquele modelo que estava guardado para uma ocasião tão especial como esta. Parecem aqueles personagens de novela que mal tomam conhecimento do fato e estão lá com o ultimo modelo para ser fotografado e comentado nas páginas sociais. Foi só mais uma tragédia, logo cai no esquecimento, dificilmente serão punidos os verdadeiros culpados e na primeira oportunidade que houver, alguns estelionatários da fé virão dizendo que é obra do diabo porque aquelas pessoas estavam numa boate e não em alguma das centenas de igrejas dando sua contribuição para que deus as recompensem e lhe reserve um lugar no paraíso.  

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Eu pensativo...


             Exercitando meu momento de ócio criativo... Ah! como isto é bom. Experimenta!

domingo, 13 de janeiro de 2013

Pensamentos e ausências...

Muitas vezes me perguntam se sou assim tão estranho quanto pareço, se realmente me importo com a liberdade e o direito que cada um tem de fazer o que quiser e ser responsável por suas ações. Sim, sou deste jeito desde que me conheço e sempre lutei para que os direitos individuais fossem respeitados. O respeito é extensivo a mim e me interessa também. Muitos não concordam comigo. São pessoas acostumadas a ter alguém patrulhando seus atos e até pensamentos. As vezes provoco confusão no que sinto e no pensam que sinto. Sou assim; se me dizem que estou perdidamente apaixonado por alguém, minha resposta é: O que você pensa a respeito? Se a resposta for: Acho que sim. Pergunto novamente: Mudaria alguma coisa se eu disser que não? Normalmente não muda nada, as pessoas tem uma ideia formada e nada as faz mudar de opinião, assim, porque perderia meu tempo tentando explicar o inexplicável? 
Tenho uma amiga, na verdade tenho muitas amigas, amo-as de paixão, mas não com paixão, de um jeito que não me interessa explicar e isto que as confunde. Uma delas tinha um grande problema; álcool. Durante muito tempo conversamos e a ajudei a controlar essa necessidade. Em vários momentos, ela achou que eu merecia uma recompensa: sexo! Tentei explicar que o que estava fazendo era por pura amizade e que pelo fato de estar ajudando, ela não me devia nada. Não que não sentisse atração por ela que, aos quarenta e poucos tem uma pele macia, sem estrias, é muito bonita e sensual. Mas, naquela condição de dependência e nos momentos em que esta sob efeito do vinho, não me era lícito fazer sexo com ela. Poderíamos fazer em outra oportunidade com os dois sentindo prazer e compartilhando o momento. Ela não entendeu e ficou sem falar comigo por um longo tempo. Agora nos falamos normalmente, e quem sabe livre ou sob controle o vinho, possamos ir além da conversa, caso ela queira.
Há uma outra que deixou uma marca em minha parede e não há o que possa remover, nem tenho a pretensão de faze-lo. Esta é muito especial e gostava de mandar lhe poesia, músicas e declarações escancaradas de 'amor incondicional', mas nunca platônico. As pessoas de nosso meio não compreenderam e tivemos que nos afastar por um longo período. Começamos aos poucos a nos comunicar e ela tem uma namorada que tomada pelo ciúmes e nada entendendo, decretou o fim da comunicação, mas não da amizade, pelo menos por mim, não. Mas, vejo que sou "nocivo" a esta relação de amor possessivo que elas vivem e respeito os sentimentos de ambas. Elas não imaginam como as admiro e quero bem, jamais interferirei neste relacionamento, não tenho direito, não quero te-lo e nunca, jamais quero ou tenho pretensão de salvar alguém de uma paixão que pode ser condenada por outros, não por mim. Ela será sempre uma "Marca na parede", mesmo que unilateralmente, sem nunca pedir ou exigir qualquer coisa que seja. Entenda ela ou não o que quero dizer. Acho que assim é melhor; não me preocupo com a opinião alheia, não me importo com a ação alheia, não tento justificar qualquer coisa que seja, nem explicar. As pessoas não estão interessadas em saber o que realmente sinto ou penso e isto de maneira nenhuma me afeta. Como diz em direito: Cabe ao acusador o ônus da prova. Assim, não tenho que provar se sou ou não inocente, eu sei o que sou e compete a mim viver com isto.