Parece brincadeira, mas toda vez que desço para o litoral, a chuva chega junto, mesmo que não tenhamos marcado encontro. Não foi diferente desta vez. Mal havíamos marcado a viagem e o sol se foi horas antes de sairmos. E ainda por cima, para complicar, não conseguimos sair no horário marcado. Viajamos a noite e com uma chuva fina. Fomos para Caraguatatuba, ou simplesmente Caraguá. Até chegarmos a serra, a coisa fluiu muito bem, mas ao começarmos a descer, uma espessa neblina tomou conta da rodovia e não se via mais que uns dois metros a frente.Chegamos por volta de meia noite e fomos fazer a única coisa possível; dormir. N'outro dia, acordamos pelas onze e estava tão frio que o melhor era ir para o sofá e ver "televisão". Era quinta feira. Pela tarde, mesmo com a garoa, fomos andar pela praia que, naturalmente estava vazia. Escureceu rápido e voltamos para casa. De maneira nenhuma estávamos tristes com o tempo. O que conta em um passeio é o caminho entre o sair e o chegar ao lugar desejado, o resto é complemento. E a viagem foi ótima.
Sexta feira amanheceu ensolarada. Fomos brindados com a luz entrando pelo quarto e as andorinhas fazendo revoada. Tomamos café e nos dirigimos para a praia que fica em frente a casa. Mar calmo, algumas pessoas se aventuram a uma caminhada a beira mar. Ela, toda animada, veste seu maio e canga de oncinha, eu com uma sunga azul, shorts e camiseta. De repente uma nuvem surgiu no horizonte e vagarosamente se estendeu pelo céu escondendo o sol. Enquanto ela nadava feito um golfinho encalhado, eu sentado na areia fazia esculturas.
O sol se foi e em seu lugar chegou uma brisa fria que nos levou a fazer o melhor numa situação destas: Comer peixe, tomar cerveja, ela, e refrigerante, eu. Depois, arrumar as malas e subir a serra, afinal, apenas quem pode curte a praia, mesmo com chuva, na quinta e sexta feiras. Pobres, como nós, trabalham sábado e domingo.
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