Omar Talih


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sexta-feira, 6 de março de 2009

O INIMIGO DORME AO LADO

Pessoas se conhecem, se apaixonam, as vezes se casam e vão morar juntas. O que parece ser o encontro da cara metade, a realização de um sonho, o encontro da felicidade vai ao poucos (ou não) se transformando em pesadelo para um dos parceiros ou para ambos, mas geralmente a mulher sofre mais.
O companheiro que era cheio de galanteios e romântico, transforma-se. Tira a mascara e mostra suas garras. É um lobo ávido por devorar a presa com quem divide o teto. Naturalmente disfarçado de bom moço na presença de pessoas do convívio ou estranhos que tecem grandes elogios ao parceiro trabalhador, honesto e carinhoso. Muitos dizem não acreditar nas agressões físicas, psicológicas e principalmente sexuais.
É uma pratica muito antiga, tão velha que não se sabe quando começou ou como. O porque dá para deduzir.
Todas as religiões apoiam a submissão da mulher que tem o papel "divino" de gerar varões, primogenitos machos, aqueles que herdarão tudo e darão continuidade a casta e atrocidades.
Quanto a elas, até poucos anos não tinham direito nem a identidade, pois perdiam o nome de família para submeter-se ao do marido.
Hoje, há um certo avanço. Elas galgaram alguns degraus, conquistaram espaço. Entretanto ainda há resistência. E muita. É só olhar as estatísticas, os noticiários.
países e não são poucos onde o valor da mulher é o mesmo de séculos atrás: nenhum. O macho é o todo poderoso. Ele pode tudo. Ela muito pouco, quase nada.
Qual religião tem uma mulher como líder máximo? Muçulmanos, católicos, evangélicos?
Somente no espiritismo, mas esta religião pagã é condenada pelas outras e seus seguidores queimarão no fogo do inferno, está na bíblia. Não há porque dividir o poder. É a lei. E a lei?
O que diz e faz a lei? No geral muito pouco nos países ditos democráticos e nada nos outros.
Não há punição nos primeiros e´é um direito legal nos outros. É só observar o numero de mulheres assassinadas e mutiladas mundo afora.
Está tudo errado. Elas ainda terão que lutar muito e combater muitas vezes o conformismo de muitas que teimam em ajudar a manter a opressão.

Um comentário:

  1. Muito apropriado o texto já que se aproxima o Dia Internacional das Mulheres...
    É duro aguentar o conformismo geral.... e ainda por cima ser recriminada quando se levanta!

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