Omar Talih


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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Para onde estamos indo?

Tenho visto muita violência gratuita em todos os lugares onde haja mais de uma pessoa. Boates, bares, ruas. Não importa. A bestialidade aflora sem motivo e quando se dá conta, temos uma tragédia e quase nunca o(s) causador(es) respondem pelos atos. Mulheres, gays, crianças, idosos, pessoas comuns são alvos de uma paranoia inconsequente e sem controle. As leis não são respeitadas e essa "liberalidade" acaba se confundindo com 'permissão' para se fazer o que quiser com a certeza de que não haverá punição. As escolas que deveriam ser um local seguro e de aprendizado, hoje não correspondem com a sua finalidade e as pessoas que as frequentam estão apenas ali para cumprir mais uma etapa das coisas que tem que fazer. E, como temos visto, não aceitam que devem estudar, pois ali é um local para isto. Caso não gostem de uma nota ruim, por não merecer uma boa, atiram, espancam, agridem professores, amigos, e quem mais aparecer na frente. As ruas são praças de guerra e como num campo de batalha, irresponsáveis, verdadeiros "as no" no volante, atropelam e matam mesmo que se esteja nas calçadas, atravessando nas faixas. Nas madrugadas o caos é ainda maior. Depois de encher a cara, pegam uma arma, com muita potencia e saem a caça, na certeza de que se algo der errado e apenas matar outras pessoas, o "papai" pagará a fiança e estará livre novamente para continuar a cometer atrocidades. Mas, onde esta o fio da meada que nos remete até aqui? Lembro-me de algumas passagens que podem ter sido o começo. A chamada "chacina do Carandiru" onde morreram mais de 100 presos durante a invasão da Rota para conter uma rebelião, levou ao engessamento das ações das polícias a partir de então e o crime tomou as proporções que hoje vemos. Os assassinatos na Candelária e o desaparecimento de menores no Rio e em São Paulo, levaram a criação do "Estatuto da Criança e do Adolescente" com todas as mazelas que vemos nesta lei, que deveria proteger, mas punir aqueles que infringem as regras de convivência em sociedade. Muitos querem a redução da maioridade. Na minha opinião, não há necessidade disto, mas deve haver rigor na punição de quem comete crimes, não importa a idade que tenha. Um assassino de doze anos é tão criminoso quanto um de cinquenta. Outra mudança que nos trás aqui, foi a descriminalização do uso de droga. Até certo tempo, acreditava-se que apenas negros e pobres das periferias eram viciados e traficantes. A partir da prisão de filhos de políticos, empresários e membros da alta sociedade, o código foi mudado e o usuário deixou de ser criminoso, passando a dependente. Também há que se considerar que as pessoas que nasceram a partir dos anos 80, tiveram uma liberdade descontrolada, ultrapassando os limites do bom censo. Pais simplesmente não sabiam o que fazer com a liberdade conquistada com muita luta e sangue e não estavam preparados para colocar limites nas ações dos filhos. Hoje, não se aceita um "não" como resposta e a ação seguinte é quebrar um braço de quem o recusa, jogar coisas, agredir verbalmente, ter atitudes de preconceito, machismo exacerbado, violência gratuita. Voltamos ao círculo.       

3 comentários:

  1. A humanidade está indo pra merda desde que deixamos de ser nômades... a questão é para onde você está indo, como indivíduo?

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  2. Por isso gostamos de literatura, amigo!O mundo real está feio demais.
    Abraço.

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  3. eu tenho uma posição mais otimista. acho q está melhorando, só que agora temos câmeras para todos os lados e as coisas estão saindo de debaixo do pano.
    pensemos que no século passado tivemos duas guerras mundiais. vamos ver como será este...

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