Omar Talih


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domingo, 13 de janeiro de 2013

Pensamentos e ausências...

Muitas vezes me perguntam se sou assim tão estranho quanto pareço, se realmente me importo com a liberdade e o direito que cada um tem de fazer o que quiser e ser responsável por suas ações. Sim, sou deste jeito desde que me conheço e sempre lutei para que os direitos individuais fossem respeitados. O respeito é extensivo a mim e me interessa também. Muitos não concordam comigo. São pessoas acostumadas a ter alguém patrulhando seus atos e até pensamentos. As vezes provoco confusão no que sinto e no pensam que sinto. Sou assim; se me dizem que estou perdidamente apaixonado por alguém, minha resposta é: O que você pensa a respeito? Se a resposta for: Acho que sim. Pergunto novamente: Mudaria alguma coisa se eu disser que não? Normalmente não muda nada, as pessoas tem uma ideia formada e nada as faz mudar de opinião, assim, porque perderia meu tempo tentando explicar o inexplicável? 
Tenho uma amiga, na verdade tenho muitas amigas, amo-as de paixão, mas não com paixão, de um jeito que não me interessa explicar e isto que as confunde. Uma delas tinha um grande problema; álcool. Durante muito tempo conversamos e a ajudei a controlar essa necessidade. Em vários momentos, ela achou que eu merecia uma recompensa: sexo! Tentei explicar que o que estava fazendo era por pura amizade e que pelo fato de estar ajudando, ela não me devia nada. Não que não sentisse atração por ela que, aos quarenta e poucos tem uma pele macia, sem estrias, é muito bonita e sensual. Mas, naquela condição de dependência e nos momentos em que esta sob efeito do vinho, não me era lícito fazer sexo com ela. Poderíamos fazer em outra oportunidade com os dois sentindo prazer e compartilhando o momento. Ela não entendeu e ficou sem falar comigo por um longo tempo. Agora nos falamos normalmente, e quem sabe livre ou sob controle o vinho, possamos ir além da conversa, caso ela queira.
Há uma outra que deixou uma marca em minha parede e não há o que possa remover, nem tenho a pretensão de faze-lo. Esta é muito especial e gostava de mandar lhe poesia, músicas e declarações escancaradas de 'amor incondicional', mas nunca platônico. As pessoas de nosso meio não compreenderam e tivemos que nos afastar por um longo período. Começamos aos poucos a nos comunicar e ela tem uma namorada que tomada pelo ciúmes e nada entendendo, decretou o fim da comunicação, mas não da amizade, pelo menos por mim, não. Mas, vejo que sou "nocivo" a esta relação de amor possessivo que elas vivem e respeito os sentimentos de ambas. Elas não imaginam como as admiro e quero bem, jamais interferirei neste relacionamento, não tenho direito, não quero te-lo e nunca, jamais quero ou tenho pretensão de salvar alguém de uma paixão que pode ser condenada por outros, não por mim. Ela será sempre uma "Marca na parede", mesmo que unilateralmente, sem nunca pedir ou exigir qualquer coisa que seja. Entenda ela ou não o que quero dizer. Acho que assim é melhor; não me preocupo com a opinião alheia, não me importo com a ação alheia, não tento justificar qualquer coisa que seja, nem explicar. As pessoas não estão interessadas em saber o que realmente sinto ou penso e isto de maneira nenhuma me afeta. Como diz em direito: Cabe ao acusador o ônus da prova. Assim, não tenho que provar se sou ou não inocente, eu sei o que sou e compete a mim viver com isto. 

3 comentários:

  1. Interessante,gostei dos teus pensamentos e ausências, complicado explicar o inexplicável.Beijos

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  2. Super legal o seu blog! Um grande abraço.

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  3. Omar,prazer tua presença no meu humilde cantinho e saber que partilhamos os pensamentos aprisionados.Adoro rabiscar,mas ando a muito tempo sem conseguir que as palavras venham até minhas mãos numa doce carícia e transbordar tudo que sinto.Quanto a moderação,evita-se aborrecimentos desnecessários.Desejo que tua inspiração retorne breve,gosto ler que escreve.Beijos.Lia...

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