Omar Talih


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segunda-feira, 25 de maio de 2009

Marcas na Parede

(Apenas uma poesia...)
Pedi ao meu coração para que parasse por alguns instantes para que eu pudesse esquece-la,
Disse-lhe que sem o sangue correndo nas veias e sem o ar inflando os pulmões,
Poderia tira-la do pensamento e depois voltar sem um traço, uma lembrança sequer.
Mas ele, o coração, teimoso como é, bateu mais forte,
Encheu-se de sangue, pulsou , oxigenou o cerebro e disse-me:
Mesmo que parasse por um século, como já fiz em outras vidas,
Ainda assim lá estaria ela, como uma cicatris,
Uma marca indelével a lembrar que feridas feitas no coração são eternas,
Perde-se o contato, aumenta-se a distancia, evita-se o toque,
Mesmo que seja só do olhar...
Pode-se até dizer que a amizade acabou,
Nada. absolutamente nada me fará parar de bater,
Respirar esse ar que sei, mesmo na distancia, ela também respira,
Sentir esse sol a me bronsear e aquecer meu espirito
Mesmo que esta vida não permita,
Lá estará ela, pendurada em moldura dentro de mim, coração,
Amarelando-se com o tempo e tapando a marca que fiz com ferro em brasa
Decorando as paredes com seu nome...
M. M.

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