Omar Talih


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sábado, 26 de dezembro de 2009

Então... se foi o natal!

Semana corrida. Preparativos muitos! Comprou-se tudo; comidas, tantas, bebidas idém. Brinquedos e lembranças... nem se fale.
Nesta semana, tiramos do armário a máscara empoeirada do espírito natalino e a vestimos. Apanhamos o saco cheio de hipocresia e o penduramos nas costas. Será um companheiro inseparável por uma semana ou duas, até 2 de janeiro do próximo ano. Distribuimos sorrisos amarelos, abraços com vontade de esganaduras, (alguns sinceros), beijos com sabor de cicuta. (conium maculatum)
É natal, o bom velhinho encorpora em todos. Glutões.
Bebe-se além da conta, por conta do natal. Come-se como porcos selvagens, que não sabem quando terão outra oportunidade, talvez na passagem do ano.
É engraçado o natal: Mulheres confinadas nas cozinhas, cheirando a pernil assado misturado com caldas das sobremesas. Homens reunidos pelos bares. Jogos, conversas tolas, bebidas e desejos de "Feliz Natal" a pessoas que passaram o ano a virar o rosto e negar um "Bom Dia".
Crianças... ah! crianças. Como diria Vinícius:
"... Ai a criançada toda chega e acabo achando Erodes natural...", são anjos a correr pela casa, mexer em tudo, quebrar algumas coisas... choro, manha... coisas de crianças.
As horas passam... mulheres na cozinha, homens nos bares, mas tem a T.V.
Voce muda de canal e tem a impressão de que o controle esta quebrado. Filmes bíblicos, há vinte anos os mesmos. Todos os programas são iguais; apresentadores, cenários, temas... decoração. De coração?
Papai Noel! Um velho safado, balofo, pedófilo que adora colocar criançinhas no colo e prometer-lhes presentes, caso elas sejam 'boazinhas'.
A ceia é um capítulo a parte. Reunião de familiares e agregados que não se veem a quase um ano. Que ótima oportunidade para reclamar da vida, do governo, falar das inúmeras doenças que o acomete, do coitado do vizinho que morreu de enfarto e outros que estão moribundos a espera da morte.
__ Como voce engordou! Lembra um deles e todos caem em gargalhadas, menos voce.
Meia noite! Começa a "Missa do Galo", transmitida ao vivo. E não adianta mudar de canal. Há outras tantas igrejas no ar, pregando o espirito do natal, reforçando a mentira contada a tanto e com tanta fé, que parece verdade.
.... Enfim, passou o natal, daqui a pouco será um novo ano... carnaval! Que venha 2010!

Ferida aberta...

Saudade é ferida aberta
Dor constante que a medicina não cura
É um queimar no coração
Que se espalha pelo corpo

Ausência é remédio paliativo
Tentativa vã de esquecimento
Esperança de cicatrizar marcas
Que nem a morte pode apagar

Saudade e ausência...
Letras rotas em páginas amareladas
Fugas, medos, e distâncias
De aventuras que não vivemos
De um tempo duro a desviar caminhos paralelos.

Amizade, amor, promessas (que não fizeste):
Eu te salvo, tu me salvas
Tua alma eu resgato, a minha...
Tu resgatas.

Tempos duros, remédio amargo
Viagens loucas, veneno doce
Ausência e Saudade...
Silêncio que mata... devagar!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Vestidos de noivas.


Para a MANU, que os tem postado pouco, ultimamente.

Oh! duvida!


Na duvida, leve os dois.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Aves que não voam.

Pensando sobre a 'Sindrome do Ninho Vazio', passou-me uma outra que é tão assutadora quanto. As aves que não voam. No primeiro caso, estudam os efeitos nocivos da partida dos filhos e as consequencias disto nos país que não sabem o que fazer com o tempo que passam a ter sem a preocupação com a prole. Comecei a observar famílias como a minha, onde habitam o mesmo espaço; avós, pais, filhos e agregados, netos, etc. Desconheço qualquer estudo deste fenomeno.
Observei que em muitos "ninhos", moram até 20 pessoas sem nenhum conforto ou privacidade, sem higiene e em pequenos 'puxadinhos' que crescem como um cancer. Não vou discorrer sobre o assunto, por falta de um estudo mais aprofundado, mas ficarei atento e buscarei mais informações."Aves que não voam", são filhos que não deixam a casa dos pais, são dependentes dos cuidados maternos e criam a falsa ideia de que cuidarão dos pais na velhice. Pelo menos tenho visto muitos que criam seus filhos como se fossem uma aposentadoria, a devolução do investimento feito ao longo dos anos. E talvez por isso que muitos não permitem que os filhos estudem, colocando-os cedo a trabalharem para ajudar no sustento da família.

Novelas emburrecem as pessoas.

Noutro dia comentei com alguém que as novelas emburrecem as pessoas. Ela se sentiu ofendida, pois é uma pessoa culta e lê todo tipo de revista, assiste a todos os programas possíveis, inclusive novelas mexicanas e chora toda vez que assiste 'Ghost', mesmo sendo o numero zilhão. Tentei explicar, com "X" e não com 'S', que não me referia a ela especificamente, mas não houve conserto.
Busquei informações, pois elas existem em algum lugar, para saber até onde havia exagerado. Lendo uma revista dos anos 80, encontrei uma notícia de que a extinta T.V. Tupy, havia adquirido uma série de desenhos da Mafalda, que deveriam substituir Tom e Jerry, por ser muito violento e proibido em diversos países, mas estava inédito até a data. A tv Tupy faliu, o Silvio Santos comprou os direitos e fundou o SBT. Pelo que vi, a Mafalda foi esquecida e o Chaves entrou no ar e não saiu mais.
Hoje analisando a programação que temos a nossa disposição e a audiencia em alguns deles, acho que minha amiga tem razão: As novelas sozinhas não emburrecem as pessoas. São um conjunto de programas voltados para essa finalidade. Poderia enumerar alguns, mas seria injusto com outros.
Programas religiosos que competem com os shoptv, novelas que não mudam o roteiro, apenas alguns personagens, acontecem sempre entre Rio e São Paulo e alguns países desenvolvidos.
Quanta cultura existe num programa Silvio Santos, que é absolutamente o mesmo nos ultimos 40 anos,
no Faustão, Gugu, e tantos outros que seguem a mesma linha. Apenas cópias baratas de algum programa americano. E os 'realitys' que grassam pela tv em horário nobre e vaza pela noite com absurda audiencia. Realmente as novelas não emburrecem as pessoas. Com a programação disponível, aprendemos a votar e escolher com seriedade os nossos governantes. Não estou falando do Lula.
São os Malufs, Genuinos, Arrudas, e tantos outros que me sinto perdido em meio a podridão.
Por que será que não se consegue livrar o país do militarismo repressivo que herdamos da Ditadura Militar, ditabranda para a Folha de São Paulo que é desconhecida pelos acreanos, para sorte deles, pelo menos é o que pensam alguns intelectuais aqui do sul maravilha. Creio que realmente estou enganado. As novelas não emburrecem as pessoas, apenas as aculturam e facilitam a manipulação.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

VIOLÊNCIA... nas considerações.

Lendo um blog de alguém do ACRE, em um post, dizia que numa palestra do Zeca Camargo, ele perguntava se o povo daquela região conhecia internet, usava Twitter, blog e numa outra palestra o professor Pascuale, perguntava se conheciam a TV Cultura e a Folha de S. Paulo. Só faltou perguntar se falavam portugues, como se este pedaço do Brasil pertencesse a outro planeta. Um pedaço de terra rejeitado pela Bolivia e desprezado pelo Brasil. Será que isto realmente aconteceu? Acredito em quem reclamou no blog. A pergunta é para os palestrantes. O Brasil não é apenas os estados do sul e sudeste.
Para mim, a atitude desses pseudos intelectuais que grassam o país e cobram caro para falar asneiras, são nazi-facistas, discriminatórias e sem sentido. Creio que eles deveriam estudar um pouco a história do lugar onde vão falar e saber antes sua posição geografica, para evitar constrangimento para quem os ouve. Honestamente, deveriam abandonar o recinto e exigir uma retratação, afinal ofenderam essa gente que são tão brasileiros quanto qualquer outro de qualquer estado, do sul ou do norte. Depois dessa, como censurar o Rob Willian.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Pensando na Violência...


O QUE É VIOLÊNCIA?
Desviar dinheiro publico? Entregar merenda estragada e com preços super faturados?
Abusar de um cargo publico e exercer um poder para o qual não esta capacitado?
Bater na companheira(o) ou mesmo cometer assassinato por motivo qualquer?
Violentar crianças, censurar jornais, torturar presos, invadir a privacidade de alguém?
Poderia passar o dia tentando enumerar e o tempo seria curto.
Estamos tão envolvidos nessa teia que muitas formas de violência se tornam "normais".
Patrular as amizades, com quem se fala no MSN, Orkut ou outra forma de comunicação eletronica, seja pelos pais, maridos, mulheres ou afins também é uma forma de violência, principalmente quando ultrapassa certos limites, o da segurança, no caso dos pais. Mas não há justificativas para as interminaveis perseguições cometidas pelos companheiros e vinganças idiotas com publicações de fotos de momentos intimos, quando do fim do relacionamento. Somos violentos, inescrupulosos, sem carater e nos ocultamos numa moralidade que não tapa  a verdade. Muitos dirão: " Eu nunca fui violento com ninguém!". Será?
Pequenas maldades também são formas de violência. Quem nunca as cometeu?