Me parece que quanto mais fácil os meios de comunicação, menor o interesse das pessoas em se comunicar. Hoje já não se escreve mais com o próprio punho, digita-se um texto e envia instantaneamente. Com a rapidez que conseguimos "falar" via internet, ficamos preguiçosos e não exercitamos mais a troca de palavras olho no olho como se fazia algum tempo atrás. As loucuras de 'Amor' hoje se tornaram um grande Realyte Show e na verdade visa muito mais mostrar quem oferece do que quem recebe, ou seja é apenas uma maneira de auto promoção. Temos carros, celulares, redes sociais, e-mail e não temos mais contato físico. Há muitas maneiras de pagar um bom Mico, todas televisivas e, sempre com o mesmo objetivo; mostrar o bíceps, a bariguinha chapada e depois ir ao blog e despejar as frustrações com os relacionamentos.
Lembro-me de que gostava de uma garota e nos dávamos muito bem. Ela trabalhava numa fábrica no distrito industrial que ficava uns 12 km de qualquer ponto onde eu estivesse. Só havia uma maneira de conseguir chegar até lá. De onibus, pois eu não tinha um carro. Sabia que ela gostava de morangos e resolvi levar uma caixa para ela e fazer-lhe uma surpresa. Mas, havia um problema: Eu só tinha o dinheiro para os morangos e uma passagem de onibus, a ida. Então isto não era nenhum obstáculo. Comprei os morangos e fui. Deixei na portaria e pedi que lhe entregasse, com um cartão para ela saber de quem era e mesmo o porteiro dizendo que a chamaria, não aceitei, pois quebraria o encanto e eu queria que ela agradecesse depois do trabalho, quando teria passado o dia pensando no acontecido. Voltei para casa a pé. Algumas horas de boa caminhadas... valeu cada minuto. Será que hoje alguém faria a mesma coisa?
Lembro-me de que gostava de uma garota e nos dávamos muito bem. Ela trabalhava numa fábrica no distrito industrial que ficava uns 12 km de qualquer ponto onde eu estivesse. Só havia uma maneira de conseguir chegar até lá. De onibus, pois eu não tinha um carro. Sabia que ela gostava de morangos e resolvi levar uma caixa para ela e fazer-lhe uma surpresa. Mas, havia um problema: Eu só tinha o dinheiro para os morangos e uma passagem de onibus, a ida. Então isto não era nenhum obstáculo. Comprei os morangos e fui. Deixei na portaria e pedi que lhe entregasse, com um cartão para ela saber de quem era e mesmo o porteiro dizendo que a chamaria, não aceitei, pois quebraria o encanto e eu queria que ela agradecesse depois do trabalho, quando teria passado o dia pensando no acontecido. Voltei para casa a pé. Algumas horas de boa caminhadas... valeu cada minuto. Será que hoje alguém faria a mesma coisa?
Omar, sempre passo aqui e te leio, mas acho que nunca comentei. Hoje seu texto me inspirou, acho que porque tenho pensado muito como eram as relações no passado...hoje o carinha mandaria um e-mail com uma imagem tirada da google e um texto de algum poeta disponível em algum site. Sacrifício zero, romantismo zero, boas lembranças zero... depois reclamam que não conseguem se relacionar.
ResponderExcluirabs
Jussara