Omar Talih


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quinta-feira, 1 de abril de 2010

Dissertações sobre a morte...

A única coisa que nos é certa, após nascermos, é que um dia morreremos. Parece que ao longo do tempo nos esquecemos disto e nos envolvemos com a vida e tudo que ela nos dá. Passamos os dias como se eles fossem infinitos e nós eternos, criação divina que como deuses não findam. Nos tornamos egoístas, maldosos, bondosos ao extremo, fanáticos religiosos e acima de tudo vingativos. Somos controversos e com o passar dos dias, perdemos o olfato para o cheiro da morte que nos ronda, mesmo que pessoas caiam a todo instante ao nosso redor
 A vida é apenas uma travessia.

Parece que enquanto navegamos, criamos barreiras para ofuscar nossa visão e continuamos como se morrer nunca acontecerá conosco.
Creio que se tivéssemos este sentido de finitude, poderíamos aproveitar melhor a vida que temos, mas talvez a falta de alguns sentimentos como ambição, nos deixasse como os animais, sem mudar o ambiente e transformar os recursos que temos.  Por isso somos diferentes.
Vemos a morte de maneira diferente.
Por ser algo que tememos e pouco ou nada compreendemos, criamos mitos e a imaginamos como alguma coisa feia, assustadora. Na verdade não é. Em meu modo de pensar a MORTE e como o nascimento, passamos para um outro mundo desconhecido. Se é verdade ou não, nem sempre importa, pois todos em todos os tempos, tiveram que enfrentar o fim para o qual nunca foram preparados e criaram uma história, uma lenda que justificasse o fato de pessoas morrerem. Ainda em nossos dias, essa passagem natural esta cercada de tabus e medos. Sabemos que há religiões que não permitem transfusão de sangue, doações de órgãos e outras atitudes que só são possíveis na espécie humana. Muitos de nós, imaginamos a morte como uma caveira vestida de negro, com uma foice nas mão e que pode nos ceifar a vida a qualquer momento. Há quem imagine que ela seja uma mulher, outros que seja homem e cada povo tem seu próprio modo de encarar a morte.


 

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