Permissão

Há momentos em que por descuido ou vícios, falamos além do que é necessário e acabamos por criar situações embaraçosas. Em certos momentos, damos a nossa opinião  e a mesma não é compreendida, depois há uma sucessão de tentativas de corrigir e parece que estamos em areia movediça. Quanto mais tentamos explicar, mais nos envolvemos na teia e em pouco tempo estamos tão enrolados que nada mais resta que não esperar pelo jantar. Somos o convidado especial: somos o próprio jantar. É assim a comunicação entre pessoas. As vezes queremos tão somente fazer um elogio, levar um pouco de alegria, mas por razões que desconhecemos totalmente, a mensagem ganha outra conotação. Não é minha intensão agradar a todos, mas há dias em que me supero e não agrado a ninguém. Parece que coisas ou opiniões emitidas no passado, são relembradas e servem de escudo para qualquer outra. É como mergulhar as mãos em acido sem a proteção adequada. Ou seja, sem as palavras corretas e em certos casos, o silencio talvez seja o melhor remédio. Creio que o mal disto tudo seja a confusão instaurada com o evoluir da tecnologia e a lentidão da evolução humana que ao mesmo tempo que clama por liberdade, confunde-a com libertinagem e acabamos por ver preconceitos e fobias aflorarem nos meios sociais. Hipocresia.