Omar Talih


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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Ponto "G", a caçada!

Desde a década de 1950, com a descrição do ponto "G" pelo ginecologista alemão, Ernst Gräfenberg, começou a caçada a esta arca do tesouro. Em busca do Santo Graal do prazer feminino, esqueceram-se do Clitóris, descrito pela 1ª vez no século I por um médico grego, por questões religiosas, sociais e politicas. Segundo a sexóloga Shere Hite, (1976) o ponto é apenas uma invenção masculina em defesa e justificativa para a penetração. Somente a partir de 1968, a ciência voltou os olhos novamente para o clitóris. Mas nesse mundo de homens pouco preocupados com o prazer feminino, busca-se uma desculpa para a incompetência masculina em explorar a arte das preliminares. Até o final do século XIX e começo do século XX, era quase proibido falar em prazer feminino, mesmo que houvesse conhecimento de que elas também gostavam de sexo. Para a igreja e para a sociedade patriarcal, era uma ofensa a mulher casada falar sobre a sua intimidade, medos e desejos. Elas eram apenas para garantir a prosperidade da família, sua integridade e um lugar para o marido descarregar seus desejos quando não podia ir a um bordel. Assim, apenas meretrizes podiam se dar ao luxo de falar e fazer o que muitas queriam, mas tinha um preço, elas viviam confinadas nos prostíbulos e hostilizadas se os deixassem. A partir da revolução feminista, os homens começaram a mudar um pouco seu conceito e visão sobre o universo feminino e aos poucos os Troglossexuais existentes até então começam a se transformar em um ser diferente. Surge os metrossexuais, buscando no meio feminino alguns hábitos que são adaptados para sua nova forma de se relacionar. São vaidosos e dão mais atenção a sua aparência e beleza que a das fêmeas, passando a disputar com elas. Por outro lado, elas reclamam que continuam relegadas a segundo plano e sentem saudade do macho troglodita que quase as devorava. A moda evoluiu e surgiu o UBERSEXUAL, mais vaidosos, atenciosos e dispostos a ajudar em tarefas antes exclusivas delas, como lavar, passar e cuidar das crianças.


Muitos  não entenderam bem esse movimento, mas gostaram do que viram e passaram a buscar um endeusamento do físico e da aparência em detrimento da inteligencia. Junto dessa nova convivência, a homossexualidade, antes oculta, aflorou e saiu do anonimato para o mundo. Novamente o prazer feminino caiu no esquecimento e embora a ciência continue sua busca pelo ponto G, ele é como uma fantasia, ninguém diz que não o viu ou sentiu e elas temem dizer que não o possui. Se alguém ousar dizer que o rei esta nu, será castigado e agora, quem esta caçando são elas que buscam uma mistura de Troglodita com ubersexuais ou um macho que seja gentil, romântico, carinhoso, não se canse das preliminares e as ame com o mesmo furor que amam seu time de futebol.

2 comentários:

  1. Gostei de seu texto, é bem realista

    bjs
    Insana

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  2. Cada hora as pessoas se apegam a focar em um ponto ou a desejar alguém "ideal"... Parece mais uma coisa de modinha né. O importante é as pessoas serem verdadeiras consigo mesmas e respeitarem o parceiro.. sem se preocupar em elevar o ego próprio na busca incansável pelo melhor ponto do prazer, enquanto perdem talvez aqueles que seriam os melhores momentos da relação.

    gostei do texto também!

    =)

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