Sou um cara feio. Comum como a maioria das pessoas que conheço.
Viajando por diversos lugares, é visível a feiura de nossa gente. Pessoas desdentadas, cabelos em desalinho, expressão de sofrimento e nenhuma alegria estampada no rosto. Invariavelmente estão com a cara fechada e com ares de poucos amigos. Se disser que não há pessoas bonitas por ai, estaria cometendo uma grande injustiça. Há muitas beldades, tanto masculinas quanto femininas, mas são minoria e só as vemos nos anúncios, nas novelas e nas revistas; masculinas ou aquelas para o público feminino. São belezas de causar inveja e matar as mulheres de tanto fazer regimes. É motivo, creio, de frustração para os homens. Elas são quase inacessíveis, um sonho.
Mas, a feiura é o que predomina. Basta dar uma olhada a nossa volta e nos deparamos com obesos, relaxados, desleixados e sem preocupação muitas vezes com a higiene. O cheiro denuncia. Poderíamos ser mais agradáveis ao olhar daqueles que nos observam. Tomar banho, afinal, é uma necessidade num país quente como o nosso. E usar um perfume deixaria o ambiente mais habitável e gostoso quando se tem que passar várias hora ali.
A feiura em nosso país é uma questão de saúde publica: Melhor alimentação, melhor atendimento na saúde, melhor educação, levaria com certeza a população a cuidar melhor de si e a exigir que todos cuidassem daquilo que é um bem público: A imagem de cada um.
Se alguém esta feliz consigo mesmo, ela cuida do meio ambiente, mantém as coisas a sua volta em ordem e limpas. Se tratarmos de nossa aparência, seremos um pais mais feliz e com toda certeza menos feio que hoje.
terça-feira, 30 de junho de 2009
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Homenagem a um Homem de Coragem
Nos anos 80, quando Michael Jackson começou a se transformar naquilo que levou para o túmulo, fiz um desenho para homenageá-lo e ao mesmo tempo, na época, fazer uma critica, pois assim como outros, acreditava que ele estava negando suas origens. Tempos depois minhas ideias foram clareando e percebi que era muito mais um grito de socorro que passou despercebido, uma forma de protesto, talvez inconsciente. Nós os críticos de tudo e de todos continuamos a censura-lo. Hoje, mais do que antes sei que ele estava certo e se algo nos deixa assim com vontade de gritar, devemos fazê-lo. Michael usou tudo que tinha ao seu alcance e gritou bem alto. Alguém o ouviu e o levou para um descanso... merecido. Talvez um pouco cedo... mas merecido.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Por que deixamos de ser felizes?
Um dia, alguém me perguntou: Por que deixamos de ser felizes?
Creio que somos educados para sermos infelizes.
Recebemos orientação de pessoas que foram orientadas para não ter alegrias e impedir que outras pessoas as tenham. Tudo é proibido.
Costumamos super estimar pequenos problemas e sub dimensionar nossa capacidade de enfrenta-los. Geralmente fugimos das coisas novas e nos guardamos em nossa área de segurança. É mais cômodo não fazer e depois procurar uma desculpa ou culpado pela nossa preguiça. Quantas vezes rompemos a inércia para dizer "Olá, bom dia!" ?
É mais fácil protelar uma visita a um amigo, parente e depois inventar razões por não te-lo feito.
Nós nos proibimos de pequenos prazeres como simplesmente... andar descalço, ir ver o mar e pisar na areia, comer aquele doce sem culpa.
Seremos felizes quando aprendermos a nos perdoar pelas nossas falhas e aos outros pelas deles.
Precisamos admitir que somos apenas humanos, que nem sempre as pessoas querem ficar conosco, que elas, assim como nós, tem o direito a felicidade e a buscar por ela.
A partir do momento que admitimos que se pode fazer tudo, absolutamente tudo que quisermos, seremos mais cônscios das responsabilidades que estão agregadas a essa liberdade e das consequências de nossos atos. Se quiser tomar veneno, ninguém vai impedir. A responsabilidade pelo ato e consequências são só suas. Mas isso não lhe trará felicidade, nem as pessoas à sua volta.
Deixamos de ser felizes no momento que negamos a nós a inocência de um abraço afetuoso, o instante silencioso para se fazer uma oração, não importa sua crença e sim o que se pede para si e para os outros. Deixamos de ser felizes quando perdemos o contato com a natureza. Quando o trabalho, a busca pelo dinheiro, a fama e o corpo perfeito são mais importantes que a saúde do espírito.
Seremos mais felizes quando entendermos que somos finitos, apenas viajantes que chegam e partem. Quando aprendermos a compartilhar alegrias, a ouvir o que os outros tem a dizer, a respeitar os momentos que se busca o silêncio e exigir o direito de ficar introspectos com nossos pensamentos e meditações.
Creio que somos educados para sermos infelizes.
Recebemos orientação de pessoas que foram orientadas para não ter alegrias e impedir que outras pessoas as tenham. Tudo é proibido.
Costumamos super estimar pequenos problemas e sub dimensionar nossa capacidade de enfrenta-los. Geralmente fugimos das coisas novas e nos guardamos em nossa área de segurança. É mais cômodo não fazer e depois procurar uma desculpa ou culpado pela nossa preguiça. Quantas vezes rompemos a inércia para dizer "Olá, bom dia!" ?
É mais fácil protelar uma visita a um amigo, parente e depois inventar razões por não te-lo feito.
Nós nos proibimos de pequenos prazeres como simplesmente... andar descalço, ir ver o mar e pisar na areia, comer aquele doce sem culpa.
Seremos felizes quando aprendermos a nos perdoar pelas nossas falhas e aos outros pelas deles.
Precisamos admitir que somos apenas humanos, que nem sempre as pessoas querem ficar conosco, que elas, assim como nós, tem o direito a felicidade e a buscar por ela.
A partir do momento que admitimos que se pode fazer tudo, absolutamente tudo que quisermos, seremos mais cônscios das responsabilidades que estão agregadas a essa liberdade e das consequências de nossos atos. Se quiser tomar veneno, ninguém vai impedir. A responsabilidade pelo ato e consequências são só suas. Mas isso não lhe trará felicidade, nem as pessoas à sua volta.
Deixamos de ser felizes no momento que negamos a nós a inocência de um abraço afetuoso, o instante silencioso para se fazer uma oração, não importa sua crença e sim o que se pede para si e para os outros. Deixamos de ser felizes quando perdemos o contato com a natureza. Quando o trabalho, a busca pelo dinheiro, a fama e o corpo perfeito são mais importantes que a saúde do espírito.
Seremos mais felizes quando entendermos que somos finitos, apenas viajantes que chegam e partem. Quando aprendermos a compartilhar alegrias, a ouvir o que os outros tem a dizer, a respeitar os momentos que se busca o silêncio e exigir o direito de ficar introspectos com nossos pensamentos e meditações.
segunda-feira, 22 de junho de 2009
DESENCONTROS...promessas devidas
Talvez não consiga entender por que a vida nos faz assim.
Prometemos, isto é fácil de fazer.
Cumprimos? Poucas vezes.
Quem sabe por não conseguirmos dimensionar a dor da ausência no coração alheio é que somos assim.
Promessas de vida... promessas devidas.
Parece que estamos brincando com o tempo e ele quem ri. Nós passamos, ele fica.
Encontros marcados, muitos...
Desencontros mais ainda.
O que perdemos com isso?
O que roubamos com essa atitude?
Vida!
Somos tão finitos e passageiros, apenas viajantes num tempo que não tem volta.
Por que inventamos sempre algo que nos desvie dos caminhos que nos levam ao desconhecido?
Medos... numa viagem que nos leva a um fim certo para todos.
Amores, paixões, amizades, confusões... o que é certo em nosso tempo?
Barreiras que o próprio tempo construiu, encontros que ele não permitiu, desejos que obstruiu.
Um dia morrerei, meu tempo terá se esgotado e apenas lembranças marcarão... poucos, que, como eu cairão no esquecimento.
Desencontros... saudades de algo que não se fez, que ficou no tempo.
Promessas de vida... lágrimas de encontros que jamais aconteceram.
Sentimentos contidos, trilhas que se cruzam, olhos que se olham, mãos que buscam um toque nas promessas devidas.
Prometemos, isto é fácil de fazer.
Cumprimos? Poucas vezes.
Quem sabe por não conseguirmos dimensionar a dor da ausência no coração alheio é que somos assim.
Promessas de vida... promessas devidas.
Parece que estamos brincando com o tempo e ele quem ri. Nós passamos, ele fica.
Encontros marcados, muitos...
Desencontros mais ainda.
O que perdemos com isso?
O que roubamos com essa atitude?
Vida!
Somos tão finitos e passageiros, apenas viajantes num tempo que não tem volta.
Por que inventamos sempre algo que nos desvie dos caminhos que nos levam ao desconhecido?
Medos... numa viagem que nos leva a um fim certo para todos.
Amores, paixões, amizades, confusões... o que é certo em nosso tempo?
Barreiras que o próprio tempo construiu, encontros que ele não permitiu, desejos que obstruiu.
Um dia morrerei, meu tempo terá se esgotado e apenas lembranças marcarão... poucos, que, como eu cairão no esquecimento.
Desencontros... saudades de algo que não se fez, que ficou no tempo.
Promessas de vida... lágrimas de encontros que jamais aconteceram.
Sentimentos contidos, trilhas que se cruzam, olhos que se olham, mãos que buscam um toque nas promessas devidas.
domingo, 14 de junho de 2009
A CASA DE MEU PAI
Lembro-me, ainda pequenino, da casa humilde, de paredes de barro e piso de terra batida.
A mobília quase inexistente. Uma mesa de tábua corrida, feita por meu pai, pequenos bancos confeccionados com sobras de madeira. Um fogão a lenha, onde todo dia me sentava logo cedo para saborear o café passado no coador de pano.
Móvel comprado, somente uma cristaleira com vidros bisotados. Camas, não sei, talvez presente de alguém que as trocou por novas.
Tudo ali era simples, sem luxo. Éramos seis, mas logo a família iria aumentar. A comida modesta, de gente do interior, feita no fogo a lenha ainda de madrugada pois, deveria ser levada para a roça onde se almoça cedo.
As brincadeiras de criança não me lembro, se perderam na memória, ficaram no passado.
A casa de meu pai era como um ninho, pequenina, simples, construída com suas próprias mãos.
Lá estávamos protegidos. Se éramos felizes não sei. Não tínhamos t.v., telefones, computadores e tantas modernidades que temos hoje, mas não me recordo de tristezas. Nunca ouvira falar em "estresse, aids e depressão". Doenças havia. Muitas... e morria-se cedo.
A casa de meu pai era o cantinho dele, onde chegava pela tardinha e depois da janta podia fumar seu cigarro de palha ouvindo rádio a pilha.
Era pequenina a casa de meu pai. Era nosso ninho.
Hoje, moro em casa de alvenaria, com reboco e pintura, luz elétrica, água quente, teve a cores, computador, telefones, micro-ondas e todo conforto da vida moderna. Apesar de tudo isso, ela não é aconchegante, não é o ninho onde se recolhe e se sente seguro. Ninguém está feliz com o que tem. E quanto mais se possui, menos satisfeito se está.
A minha casa não é como a casa de meu pai.
A dele, mesmo bagunçada era aconchegante. A minha é uma bagunça desorganizada.
Gostávamos da casa de meu pai, mesmo sabendo que um dia teríamos de deixa-la.
Era para lá que levávamos os amigos, namoradas. Hoje tem se vergonha de morar na minha casa. Não se trás amigos e muito menos namoradas.
É... realmente minha casa não é como a casa de meu pai.
A mobília quase inexistente. Uma mesa de tábua corrida, feita por meu pai, pequenos bancos confeccionados com sobras de madeira. Um fogão a lenha, onde todo dia me sentava logo cedo para saborear o café passado no coador de pano.
Móvel comprado, somente uma cristaleira com vidros bisotados. Camas, não sei, talvez presente de alguém que as trocou por novas.
Tudo ali era simples, sem luxo. Éramos seis, mas logo a família iria aumentar. A comida modesta, de gente do interior, feita no fogo a lenha ainda de madrugada pois, deveria ser levada para a roça onde se almoça cedo.
As brincadeiras de criança não me lembro, se perderam na memória, ficaram no passado.
A casa de meu pai era como um ninho, pequenina, simples, construída com suas próprias mãos.
Lá estávamos protegidos. Se éramos felizes não sei. Não tínhamos t.v., telefones, computadores e tantas modernidades que temos hoje, mas não me recordo de tristezas. Nunca ouvira falar em "estresse, aids e depressão". Doenças havia. Muitas... e morria-se cedo.
A casa de meu pai era o cantinho dele, onde chegava pela tardinha e depois da janta podia fumar seu cigarro de palha ouvindo rádio a pilha.
Era pequenina a casa de meu pai. Era nosso ninho.
Hoje, moro em casa de alvenaria, com reboco e pintura, luz elétrica, água quente, teve a cores, computador, telefones, micro-ondas e todo conforto da vida moderna. Apesar de tudo isso, ela não é aconchegante, não é o ninho onde se recolhe e se sente seguro. Ninguém está feliz com o que tem. E quanto mais se possui, menos satisfeito se está.
A minha casa não é como a casa de meu pai.
A dele, mesmo bagunçada era aconchegante. A minha é uma bagunça desorganizada.
Gostávamos da casa de meu pai, mesmo sabendo que um dia teríamos de deixa-la.
Era para lá que levávamos os amigos, namoradas. Hoje tem se vergonha de morar na minha casa. Não se trás amigos e muito menos namoradas.
É... realmente minha casa não é como a casa de meu pai.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
MEDOS E AFASTAMENTO
Há "pessoas" que entram em nossa vida em momentos que nos encontramos tão despreparados, frágeis. Criam uma ilusão temporária e quando percebemos estamos envolvidos. É como se entrássemos por uma estrada perigosa e cheia de armadilhas. Sabemos e sentimos que também representamos perigo para a outra parte. Também somos aquele caminho que não deveria ser trilhado. Há pessoas que grudam em nosso pensamento e por mais que façamos para evitar, tudo faz lembrar. Até o silencio, o sumir nos remete para ela.
Se há sol, o pensamento nos faz felizes, se está nublado, a lembrança nos aquece.
Alegria e tristeza são motivos para te-la, mesmo que somente na imaginação.
Palavras, desejos, promessas... Medos e afastamento. Sonhos possíveis, desejos da presença, do contato. Verdades transformadas em mentiras tentando se proteger, voltar no caminho e tomar outra direção.
Sempre haverá sentimentos e encontros assustadores, mesmo que pareçam inocentes.
Por tudo isto, a vida é bela e vale ser vivida. Sentir cada ferida, cada cicatriz a nos lembrar de um amor, uma amizade, que ficou no tempo.
Temos medo pelos outros, (será?), ferimos e acorrentamos os sentimentos com receios de magoar pessoas próximas,conhecidas, mesmo que estas não estejam preocupadas se somos felizes ou não. Todos temem os sentimentos. Ocultam e sufocam a menor chama, embora gritem que são românticas, apaixonadas. Na verdade são proibitivas, somos proibitivos.
Temerosos, não assumimos as paixões e nos sufocamos em relacionamentos que não nos completam e não somos complemento. Vivemos escondidos. Fantasiados, mostramos um sorriso triste e nos esforçamos para manter as aparências, os disfarces.
Se há sol, o pensamento nos faz felizes, se está nublado, a lembrança nos aquece.
Alegria e tristeza são motivos para te-la, mesmo que somente na imaginação.
Palavras, desejos, promessas... Medos e afastamento. Sonhos possíveis, desejos da presença, do contato. Verdades transformadas em mentiras tentando se proteger, voltar no caminho e tomar outra direção.
Sempre haverá sentimentos e encontros assustadores, mesmo que pareçam inocentes.
Por tudo isto, a vida é bela e vale ser vivida. Sentir cada ferida, cada cicatriz a nos lembrar de um amor, uma amizade, que ficou no tempo.
Temos medo pelos outros, (será?), ferimos e acorrentamos os sentimentos com receios de magoar pessoas próximas,conhecidas, mesmo que estas não estejam preocupadas se somos felizes ou não. Todos temem os sentimentos. Ocultam e sufocam a menor chama, embora gritem que são românticas, apaixonadas. Na verdade são proibitivas, somos proibitivos.
Temerosos, não assumimos as paixões e nos sufocamos em relacionamentos que não nos completam e não somos complemento. Vivemos escondidos. Fantasiados, mostramos um sorriso triste e nos esforçamos para manter as aparências, os disfarces.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
PAIXÕES TARDIAS..?
Enquanto somos jovens, nos entregamos a tantas empreitas que nos esquecemos das paixões. Não que não as tenhamos. Sim, mas são tão misturadas a outros sentimentos e envolvidas em tantas outras conquistas que nos distraímos e não damos a atenção que elas precisam.
Durante muito tempo nos ocupamos com a carreira, dinheiro, cuidados do corpo, amores de verão, de inverno, casamento e filhos. Passamos mais de dois terços da vida ocupados e nos esquecemos de viver.
Quando nos aproximamos da velhice, da morte que fazemos questão de não mencionar e já não temos tanta pressa, nem queremos conquistar o mundo, quando nos importa mais a qualidade do sexo que a quantidade, queremos uma paixão.
Muitas vezes a vida e seus percalços nos tornaram temerosos nos relacionamentos, exigentes na escolha dos parceiros e acabamos sozinhos. Outras, estamos amarrados a um casamento que não nos deixa felizes, mas não conseguiamos nos desvenciliar.
Assim como nunca nos preparamos para a morte, também não sabemos o que fazer com o tempo a nossa disposição, a liberdade de ver os filhos crescidos, as prestações da casa pagas, a aposentadoria a nos lembrar que não somos mais necessários no sistema produtivo.
Com medo de uma "paixão tardia", muitos se entregam a criar netos e tentar reviver coisas do passado, sobrevivendo num tempo de angustia e afastamento.
Quantas promessas fizemos e não cumprimos? A quem ficamos devendo?
Não dinheiro ou bens materiais. Mas afeto, carinho, atenção. A presença física, mesmo que por alguns instantes, para simplesmente dizer "Olá, como vai?".
Passamos o tempo a nos prometer coisas e nos habituamos a nega-las. Sempre encontramos um meio de adiar, evitar fazer.
Medo? Por que temos tanto medo da vida, se a morte é única certeza que temos.
Nada trouxemos... nada levaremos. Então porque tanto temor e auto negação?
Tenho visto muitos se entregarem com fervor a uma religião, tentando se redimir e prometendo a si mesmos uma recompensa pós morte, por tudo aquilo que negou-se durante toda a vida.
Até quando passaremos a juventude fugindo da vida e os últimos anos entregues a frustrações e lembranças do passado, simplesmente esperando a morte chegar?
O que nos impede de vivermos cada etapa com fervor, envolvimento, amores possíveis e impossíveis também?
"Você já passou dos 50", dirão alguns. "Já não tem o vigor da da juventude", dirão outros.
Agora que passamos dos 50 e não temos aquele vigor, aquela vontade de conquistar o mundo, transar com todos os parceiros possíveis, não importa o sexo... temos outros atributos que só se conquista com o passar dos anos. Temos maturidade, experiência, conhecimento e uma paciência que dificilmente teríamos aos 20 ou 30 anos. Já não temos pressa em gozar e ir para o futebol com a galera. Podemos namorar a noite toda, sentir e dar prazer à companhia.
Contemplar a natureza e observar cada detalhe. Respirar seus odores, sentir o toque suave do vento a nos afagar os cabelos, o sol que nos bronzeia e aquece.
Podemos e devemos nos pagar as promessas feitas, nos apaixonarmos sem medo.
Viver com intensidade os anos que nos restam... Todos eles.
Durante muito tempo nos ocupamos com a carreira, dinheiro, cuidados do corpo, amores de verão, de inverno, casamento e filhos. Passamos mais de dois terços da vida ocupados e nos esquecemos de viver.
Quando nos aproximamos da velhice, da morte que fazemos questão de não mencionar e já não temos tanta pressa, nem queremos conquistar o mundo, quando nos importa mais a qualidade do sexo que a quantidade, queremos uma paixão.
Muitas vezes a vida e seus percalços nos tornaram temerosos nos relacionamentos, exigentes na escolha dos parceiros e acabamos sozinhos. Outras, estamos amarrados a um casamento que não nos deixa felizes, mas não conseguiamos nos desvenciliar.
Assim como nunca nos preparamos para a morte, também não sabemos o que fazer com o tempo a nossa disposição, a liberdade de ver os filhos crescidos, as prestações da casa pagas, a aposentadoria a nos lembrar que não somos mais necessários no sistema produtivo.
Com medo de uma "paixão tardia", muitos se entregam a criar netos e tentar reviver coisas do passado, sobrevivendo num tempo de angustia e afastamento.
Quantas promessas fizemos e não cumprimos? A quem ficamos devendo?
Não dinheiro ou bens materiais. Mas afeto, carinho, atenção. A presença física, mesmo que por alguns instantes, para simplesmente dizer "Olá, como vai?".
Passamos o tempo a nos prometer coisas e nos habituamos a nega-las. Sempre encontramos um meio de adiar, evitar fazer.
Medo? Por que temos tanto medo da vida, se a morte é única certeza que temos.
Nada trouxemos... nada levaremos. Então porque tanto temor e auto negação?
Tenho visto muitos se entregarem com fervor a uma religião, tentando se redimir e prometendo a si mesmos uma recompensa pós morte, por tudo aquilo que negou-se durante toda a vida.
Até quando passaremos a juventude fugindo da vida e os últimos anos entregues a frustrações e lembranças do passado, simplesmente esperando a morte chegar?
O que nos impede de vivermos cada etapa com fervor, envolvimento, amores possíveis e impossíveis também?
"Você já passou dos 50", dirão alguns. "Já não tem o vigor da da juventude", dirão outros.
Agora que passamos dos 50 e não temos aquele vigor, aquela vontade de conquistar o mundo, transar com todos os parceiros possíveis, não importa o sexo... temos outros atributos que só se conquista com o passar dos anos. Temos maturidade, experiência, conhecimento e uma paciência que dificilmente teríamos aos 20 ou 30 anos. Já não temos pressa em gozar e ir para o futebol com a galera. Podemos namorar a noite toda, sentir e dar prazer à companhia.
Contemplar a natureza e observar cada detalhe. Respirar seus odores, sentir o toque suave do vento a nos afagar os cabelos, o sol que nos bronzeia e aquece.
Podemos e devemos nos pagar as promessas feitas, nos apaixonarmos sem medo.
Viver com intensidade os anos que nos restam... Todos eles.
terça-feira, 2 de junho de 2009
auto...BOICOTES!
Há algum tempo, tenho tentado entender certas coisas que fazemos conosco e com isso misturado alguns questionamentos: A Herança Maldita, O medo de ser Feliz e o auto Boicote.
Me parece que estas questões estão interligadas. A herança se refere àquilo que parece ter continuidade numa família. Ex; Avô acolatra, pai, filho e neto também alcolatras. O auto boicote é mais visível e temos exemplos que nos deixam atônitos: A cabeçada do Zidane no adversário durante a copa do mundo de 2006. Mais recentemente os escândalos do Robinho, acusado de estupro, o Ronaldo e os travestis e o Adriano e o abandono do futebol na Itália. Sei que são assuntos que geram polêmica. São atitudes que maculam a imagem e ofuscam a admiração que muitos tem por esses personagens. Acredito que a Herança Maldita, não exista na realidade, nós que de alguma forma a transferimos de uma geração a outra, assim essa corrente pode ser rompida. Temos a capacidade de dar novo rumo a coisas ruins e evita-las.
Quanto ao Medo de Ser Feliz, é algo muito mais pernicioso, pois leva àquelas pessoas tomadas por ele, medo, impedir que outras sejam Felizes ou obtenham sucesso. Isto não lhes trás nenhuma recompensa, somente o sentimento de vingança. "Se não sou capaz de ser Feliz, ninguém tem o direito de sê-lo." Esse medo sempre é ensinado na infância e enraizado durante toda a existência. São os "Não", Você não pode, você não vai conseguir, é melhor não arriscar...
Quantas vezes vemos pais desencorajando filhos por medo que triunfem naquilo que eles fracassaram. Quando tentam e não conseguem, ao invés de estender as mãos e ajuda-los a se erguerem, esses pais os censuram; "Não falei que você não era capaz!" E lá no fundo sentem-se vingados. São incapazes de superar seus medos e admitir que falharam por incompetência própria. Poucos são aqueles que incentivam sem esperar algo em troca. Muitos dizem " Estou contigo...tem meu apoio", mas na verdade estão veladamente interessados nas benesses que o sucesso do filho pode lhes trazer. É natural que jamais admitirão essa possibilidade, mas se questionados logo cobrarão; " Vai me negar, depois de tudo que fiz por você?".
Muitas vezes crianças são tratadas como um objeto de posse e são constantemente subornadas com presentes, transformando-as em pequenos escravos das vontades de pais inseguros e temerosos de que um dia perderão seu brinquedo para o mundo. Tentam de todas as formas adiarem o desejo de liberdade e responsabilidade pelos próprios atos. Muitas destas crianças vivem eternamente numa fantasia de que nunca crescerão e terão os pais a protege-los de qualquer arranhão. São frágeis, violentos e incapazes de aceitar contrariedades. Geralmente se tornam covardes e agirão como seus pais transferindo esse mal para a próxima geração.
Acredito que somos capazes de superar quaisquer obstáculos e realizarmos tudo a que nos dispúnhamos fazer. Nada é impossível. Temos um milhão de exemplos, desde aqueles mais banais até aqueles que influenciaram todo o planeta: Hitler e suas idéias, as bombas no Japão, a proliferação de armas nucleares. Embora nocivas são exemplos de ações que se tornaram reais e repercutem muito mais que as idéias e ideais de Sócrates, Confúcio ou Ghandi. Temos bons e maus exemplos. Compete a nós em nosso livre arbítrio escolher o caminho a seguir e arcar com as consequência da escolha. Pais devem orientar. Jamais impedir. Sempre auxiliar na retomada do caminho.
Me parece que estas questões estão interligadas. A herança se refere àquilo que parece ter continuidade numa família. Ex; Avô acolatra, pai, filho e neto também alcolatras. O auto boicote é mais visível e temos exemplos que nos deixam atônitos: A cabeçada do Zidane no adversário durante a copa do mundo de 2006. Mais recentemente os escândalos do Robinho, acusado de estupro, o Ronaldo e os travestis e o Adriano e o abandono do futebol na Itália. Sei que são assuntos que geram polêmica. São atitudes que maculam a imagem e ofuscam a admiração que muitos tem por esses personagens. Acredito que a Herança Maldita, não exista na realidade, nós que de alguma forma a transferimos de uma geração a outra, assim essa corrente pode ser rompida. Temos a capacidade de dar novo rumo a coisas ruins e evita-las.
Quanto ao Medo de Ser Feliz, é algo muito mais pernicioso, pois leva àquelas pessoas tomadas por ele, medo, impedir que outras sejam Felizes ou obtenham sucesso. Isto não lhes trás nenhuma recompensa, somente o sentimento de vingança. "Se não sou capaz de ser Feliz, ninguém tem o direito de sê-lo." Esse medo sempre é ensinado na infância e enraizado durante toda a existência. São os "Não", Você não pode, você não vai conseguir, é melhor não arriscar...
Quantas vezes vemos pais desencorajando filhos por medo que triunfem naquilo que eles fracassaram. Quando tentam e não conseguem, ao invés de estender as mãos e ajuda-los a se erguerem, esses pais os censuram; "Não falei que você não era capaz!" E lá no fundo sentem-se vingados. São incapazes de superar seus medos e admitir que falharam por incompetência própria. Poucos são aqueles que incentivam sem esperar algo em troca. Muitos dizem " Estou contigo...tem meu apoio", mas na verdade estão veladamente interessados nas benesses que o sucesso do filho pode lhes trazer. É natural que jamais admitirão essa possibilidade, mas se questionados logo cobrarão; " Vai me negar, depois de tudo que fiz por você?".
Muitas vezes crianças são tratadas como um objeto de posse e são constantemente subornadas com presentes, transformando-as em pequenos escravos das vontades de pais inseguros e temerosos de que um dia perderão seu brinquedo para o mundo. Tentam de todas as formas adiarem o desejo de liberdade e responsabilidade pelos próprios atos. Muitas destas crianças vivem eternamente numa fantasia de que nunca crescerão e terão os pais a protege-los de qualquer arranhão. São frágeis, violentos e incapazes de aceitar contrariedades. Geralmente se tornam covardes e agirão como seus pais transferindo esse mal para a próxima geração.
Acredito que somos capazes de superar quaisquer obstáculos e realizarmos tudo a que nos dispúnhamos fazer. Nada é impossível. Temos um milhão de exemplos, desde aqueles mais banais até aqueles que influenciaram todo o planeta: Hitler e suas idéias, as bombas no Japão, a proliferação de armas nucleares. Embora nocivas são exemplos de ações que se tornaram reais e repercutem muito mais que as idéias e ideais de Sócrates, Confúcio ou Ghandi. Temos bons e maus exemplos. Compete a nós em nosso livre arbítrio escolher o caminho a seguir e arcar com as consequência da escolha. Pais devem orientar. Jamais impedir. Sempre auxiliar na retomada do caminho.
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