Omar Talih


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quinta-feira, 25 de junho de 2009

Por que deixamos de ser felizes?

Um dia, alguém me perguntou: Por que deixamos de ser felizes?
Creio que somos educados para sermos infelizes.
Recebemos orientação de pessoas que foram orientadas para não ter alegrias e impedir que outras pessoas as tenham. Tudo é proibido.
Costumamos super estimar pequenos problemas e sub dimensionar nossa capacidade de enfrenta-los. Geralmente fugimos das coisas novas e nos guardamos em nossa área de segurança. É mais cômodo não fazer e depois procurar uma desculpa ou culpado pela nossa preguiça. Quantas vezes rompemos a inércia para dizer "Olá, bom dia!" ?
É mais fácil protelar uma visita a um amigo, parente e depois inventar razões por não te-lo feito.
Nós nos proibimos de pequenos prazeres como simplesmente... andar descalço, ir ver o mar e pisar na areia, comer aquele doce sem culpa.
Seremos felizes quando aprendermos a nos perdoar pelas nossas falhas e aos outros pelas deles.
Precisamos admitir que somos apenas humanos, que nem sempre as pessoas querem ficar conosco, que elas, assim como nós, tem o direito a felicidade e a buscar por ela.
A partir do momento que admitimos que se pode fazer tudo, absolutamente tudo que quisermos, seremos mais cônscios das responsabilidades que estão agregadas a essa liberdade e das consequências de nossos atos. Se quiser tomar veneno, ninguém vai impedir. A responsabilidade pelo ato e consequências são só suas. Mas isso não lhe trará felicidade, nem as pessoas à sua volta.
Deixamos de ser felizes no momento que negamos a nós a inocência de um abraço afetuoso, o instante silencioso para se fazer uma oração, não importa sua crença e sim o que se pede para si e para os outros. Deixamos de ser felizes quando perdemos o contato com a natureza. Quando o trabalho, a busca pelo dinheiro, a fama e o corpo perfeito são mais importantes que a saúde do espírito.
Seremos mais felizes quando entendermos que somos finitos, apenas viajantes que chegam e partem. Quando aprendermos a compartilhar alegrias, a ouvir o que os outros tem a dizer, a respeitar os momentos que se busca o silêncio e exigir o direito de ficar introspectos com nossos pensamentos e meditações.

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