Omar Talih


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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Sexta.... 11

Dia de perdas. Noite de desaparecimentos.
Saiu meu gato, desentendimento com a companheira. Sono descompassado, sonhos desconexos.
Acordo muitas vezes, me sinto incomodado. Madrugada. Ouço sons de briga de gatos ao longe e tenho maus pressentimentos. Noite mal dormida, começo de manhã desastrosa. Não há diálogos. O café não adoça a manhã. Passam as horas e o sentimento de perda e silêncio vão crescendo junto com frio que chega aos 10º.
Há no ar um pesar, um aperto no coração e a certeza que algo não terminará bem. Dia 12, namorados, frustrações e o gato que não aparece a mais de 12 horas. Nova madrugada, nenhum toque, palavra, reprimenda ou contestação. O gato continua sumido. Se foi a oportunidade de se conversar, colocar os pontos de vista e reclamar das reclamações, chegar ao concenso. O gato não aparece. Me preocupa o silencio dele que toda manhã vem me acordar e pedir um carinho e comida. A cama parece enorme e há um fosso entre os ocupantes.
O domingo passa funesto, frio e a única coisa que tira a tensão, são os jogos da copa. Chega a tarde, amanhã será nova semana e a rotina nos tomará as horas. Trabalho que não para, pressão por documentos que não saem. Justiça de greve, clientes a ponto de um enfarte. A noite correu como as outras antecedentes... silêncio.
Dela e do gato. Embora pareça, eles não combinaram a ação. Segunda... começo de uma negociação e continuação de outras. O trabalho vai bem. Ganhamos muito bem! Muitos invejariam o que fazemos e se soubessem, diriam que temos muita sorte e estão certos. Mas, infelizmente não conseguimos trocar uma palavra que nos tire deste abismo. Será mais um dia cheio de aflição. O gato continua desaparecido e o silêncio deixa um enorme vazio. Nem foi sexta 13. mas as perdas foram e continuam terríveis.  

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