Podei meu jardim. Tenho esperança que floresça belo, devagar, na primavera.
Limpei folhas mortas, retirei ervas daninhas. Quero-o aconchegante. Andar entre flores, me impregnar com seus odores, seu perfume.
Limpei a casa, meu quartinho. Cobri com tinta nova suas paredes, suas marcas.
Arrumei minhas fotos, meus quadros, as lembranças. Manchas ocultas... cheiros que não saem.
Estou cuidando bem de mim. Curando as feridas, mudando a roupa.
Sapatos limpos. Lento caminhar.
Sou assim; vou bebendo meu veneno, podando meu jardim.
Estou bem... cuidando muito bem de mim.
domingo, 30 de agosto de 2009
terça-feira, 25 de agosto de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Espelhos
Estou cansado.
Cansei de repetir gesto e palavras.
De fazer coisas erradas, imaginando que são as certas.
Sinto-me como se estivesse entre dois espelhos.
Um eterno refletir da mesma imagem.
Ando em círculos por caminhos tortos a pisar as mesmas pedras.
Pés machucados, corpo cansado.
Distante horizonte, eterna busca.
Valeu a luta??? Valeu a luta!!!
Olhando no espelho, busco uma imagem inexistente:
Um abraço, um afago, uma palavra;
"Amo você!"
Ouço ecos...sons distantes, palavras ocas, ausência.
Cobram-me algo que nunca deram.
É mais fácil trocar o leito.
Buscar em outros braços o abraço que não deu.
Crucificar é fácil.
Atirar pedras também é.
Erros e acertos...
As vezes cometemos erros na tentativa de acertos. Olhamos para determinada situação e imaginamos que uma ou outra ação é a melhor para o momento. No intuito de resolvermos da melhor forma possível, levamos a cabo aquilo que determinamos como certo. Nos esquecemos por vezes que o que nos parece certo, pode não ser para outros. Quantas vezes ignoramos a opinião alheia que poderia nortear o caminho a seguir.
Somos assim. Auto suficientes. Recusamos ajuda ou simplesmente as descartamos.
Vivemos perdidos, cegos a caminhar na noite, embora o sol esteja à pino.
Somos guerreiros, rudes. Devemos suportar o rigor do inverno que assola nossas vidas. Sobreviver com escasso alimento e suprir as necessidades de outros que estão sob nossa tutela.
Nosso tempo por aqui é curto. Passamos parte da vida em total dependência e cuidados alheios.
Em nossa inocência não percebemos que também os cuidadores precisam de cuidados.
Assim, sem orientação, crescemos e trocamos os papeis. É a roda viva da existência.
Não somos treinados para a vida que nos absorve e exige força e determinação para vencermos os poucos, que se fazem tantos, anos.
De repente somos adultos e temos responsabilidades para as quais não estamos prontos.
Novamente nesse circulo, nos tornamos suporte. Deveríamos compartilhar, dividir e somar.
Tememos a presença de outros que temem a nossa. Então cometendo erros na tentativa de acertos, envelhecemos solitários.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Herois e Martires...
Heróis são homens e mulheres que lutam em terras distantes. Acreditam que o que fazem esta correto e que seus atos trazem benefícios aos povos que atacam.
Heróis são aqueles que sem temer a morte, matam pessoas que não conhecem, não entendem a língua, a cultura e os costumes da terra invadida. Quanto maior o numero de "inimigos" tombarem aos seus pés, maior numero de medalhas e homenagens receberá.
Heróis entram para a história. São lembrados por "libertar" povos de terras distantes da opressão e de terríveis governantes.
Mártires são homens e mulheres que lutam em terras distantes. Acreditam que fazem o correto e que seu sacrifício trazem benefício para seu povo.
Mártires são aqueles que sem temer a morte, perdem a vida para heróis que não conhecem.
Tombam em defesa de sua língua, sua cultura e seus costumes.
Mártires recebem medalhas e são homenageados. Entram para a história por defender o governo que elegeram. Dão a vida para impedir que terríveis governantes oprimam seu povo e domine suas terras.
Heróis e Mártires são vítimas de suas próprias crenças, seus medos.
Heróis e Mártires são mulheres e homens de terras distantes. São pais, mães, filhos.
Heróis e Mártires, morrem e matam; irmãos, tios, namoradas.
São esquecidos no tempo e na história. Heróis e Mártires são simplesmente mulheres e homens.
Heróis são aqueles que sem temer a morte, matam pessoas que não conhecem, não entendem a língua, a cultura e os costumes da terra invadida. Quanto maior o numero de "inimigos" tombarem aos seus pés, maior numero de medalhas e homenagens receberá.
Heróis entram para a história. São lembrados por "libertar" povos de terras distantes da opressão e de terríveis governantes.
Mártires são homens e mulheres que lutam em terras distantes. Acreditam que fazem o correto e que seu sacrifício trazem benefício para seu povo.
Mártires são aqueles que sem temer a morte, perdem a vida para heróis que não conhecem.
Tombam em defesa de sua língua, sua cultura e seus costumes.
Mártires recebem medalhas e são homenageados. Entram para a história por defender o governo que elegeram. Dão a vida para impedir que terríveis governantes oprimam seu povo e domine suas terras.
Heróis e Mártires são vítimas de suas próprias crenças, seus medos.
Heróis e Mártires são mulheres e homens de terras distantes. São pais, mães, filhos.
Heróis e Mártires, morrem e matam; irmãos, tios, namoradas.
São esquecidos no tempo e na história. Heróis e Mártires são simplesmente mulheres e homens.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
SOMOS ASSIM!!!!
Há algum tempo atrás, fiz este desenho para homenagear a família. Uma colega de trabalho viu e disse que "família" tem acento. Respondi que esta é diferente, por isso não o tinha. Depois de alguns dias... meses talvez, escrevi um texto para esta imagem. É a expressão do que sinto.
" Sou um homem feliz. A vida tem sido boa para mim.
Deu-me tudo que quis: coisas boas e ruins, na proporção que lhe pedi.
Casei-me com a mulher que me encantou; Ruiva, olhar de menina levada, arisca como gata selvagem, eterno desconhecido, pouco compreendido.
Quero-a assim: é minha incógnita, meu segredo.
Tenho filhos saudáveis, belos, inteligentes. Não poderia ser diferente; parte de mim esta neles.
A primogênita, nasceu leonina, mas é como uma pantera: Dominadora.
A que reina e dá as ordens. Olhos grandes num rosto emoldurado por lindos cabelos negros.
Sensível e sentimental, de palavras ferinas e choro fácil, contagia com sua presença e espiritualidade.
A do meio, como eu, nasceu espremida entre dois extremos.
É meu reflexo no espelho; inconstante, insatisfeita sempre. Um eterno buscar de si mesma.
Como fico orgulhoso ao ver o menor, senhor de si, mestre de seu mestre a ensinar-me o que lhe ensinei. Tímido, fechado, determinado. De uma persistência que me faz pequeno.
Somos assim: pequenas galáxias habitando o mesmo universo.
O que mais poderia querer?"
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Amantes...Inimigos!
(auto)...Destruição
(Drummond)
(Drummond)
Os amantes se amam cruelmente
e por se amarem tanto não se vêem.
Um se beija no outro, refletido.
Dois amantes que são?
Dois inimigos.
Amantes são meninos estragados pelo mimo de amar:
e não percebem quanto se pulverizam no enlaçar-se,
e como o que era mundo volve a nada.
Nada.
Ninguém.
Amor, puro fantasma que os passeia de leve,
assim a cobra se imprime na lembrança de seu trilho.
E eles quedam mordidos para sempre.
Deixaram de existir, mas o existido continua a doer eternamente
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
LIMPEI MEU ARMARIO...
A vida sempre nos dá aquilo que pedimos. Não importa o que seja. Muitas vezes pedimos algo e não estamos preparados para recebe-lo. Reclamamos pela demora, mas não paramos para ouvir o que ela, a vida, nos diz: Você está pronto? É realmente isto que quer?
Somos sempre imediatistas, queremos agora! Queremos para ontem! Então, com toda a sabedoria começa a vida a preparar nos o caminho. Nós não a entendemos e esquecemos com facilidade o que pedimos. Com sua sabedoria ela nos dá em doses homeopáticas aquilo que desejamos, pois sabe que de outra forma nos seria letal.
Em nossa ganância e egoísmo, não olhamos a nossa volta. Não reconhecemos que outros também tem necessidades.
Cometemos erros... como os cometemos!! Mas para não admiti-los, os escondemos. Passamos a espelhar nos outros o mal que existe em nós. Estamos sempre insatisfeitos. Somos eternas vítimas e todos ao nosso redor são algozes. Sempre que nos vemos carrascos, tentamos destruir o reflexo. É mais fácil quebrar o espelho.
De repente, nos encontramos com o armário da memória cheio de esqueletos a rondar nosso presente. Nós só temos o presente. Os esqueletos no armário estão no passado. Não temos como alterar o que foi feito. A vida é uma estrada onde só se vai para a frente, queiramos ou não.
Então como me livrar dos fantasmas e enxergar o que estou recebendo da vida neste instante, pois sei o que pedi.
Ouvi dizer que tememos o novo. Que nos apegamos a coisas velhas e nos habituamos a viver do passado, de lembranças.
Só estarei livre dos fantasmas quando limpar meu armário , queimar os esqueletos e enterra-los no passado. Mas, que esqueletos são estes?
São: atos, palavras, acusações, posse da alma e da vida alheia, egoísmo, ódios... desejos de vingança....
Limpei meu armário. Incinerei meus esqueletos. Depositei suas cinzas em urna bem guardada. Deixei-as no passado.
Somos sempre imediatistas, queremos agora! Queremos para ontem! Então, com toda a sabedoria começa a vida a preparar nos o caminho. Nós não a entendemos e esquecemos com facilidade o que pedimos. Com sua sabedoria ela nos dá em doses homeopáticas aquilo que desejamos, pois sabe que de outra forma nos seria letal.
Em nossa ganância e egoísmo, não olhamos a nossa volta. Não reconhecemos que outros também tem necessidades.
Cometemos erros... como os cometemos!! Mas para não admiti-los, os escondemos. Passamos a espelhar nos outros o mal que existe em nós. Estamos sempre insatisfeitos. Somos eternas vítimas e todos ao nosso redor são algozes. Sempre que nos vemos carrascos, tentamos destruir o reflexo. É mais fácil quebrar o espelho.
De repente, nos encontramos com o armário da memória cheio de esqueletos a rondar nosso presente. Nós só temos o presente. Os esqueletos no armário estão no passado. Não temos como alterar o que foi feito. A vida é uma estrada onde só se vai para a frente, queiramos ou não.
Então como me livrar dos fantasmas e enxergar o que estou recebendo da vida neste instante, pois sei o que pedi.
Ouvi dizer que tememos o novo. Que nos apegamos a coisas velhas e nos habituamos a viver do passado, de lembranças.
Só estarei livre dos fantasmas quando limpar meu armário , queimar os esqueletos e enterra-los no passado. Mas, que esqueletos são estes?
São: atos, palavras, acusações, posse da alma e da vida alheia, egoísmo, ódios... desejos de vingança....
Limpei meu armário. Incinerei meus esqueletos. Depositei suas cinzas em urna bem guardada. Deixei-as no passado.
domingo, 9 de agosto de 2009
Renovação...(re) Nova Ação.
(imagem de jornal)
Durante muitos anos, corri para apagar o fogo que principiava. Eram horas de angustia. Depois gastava dias a remendar a lona. Meu circo mais parecia uma colcha de retalhos.
Toda noite, após o espetáculo, o medo de não ter agradado, de ter sido uma atuação ruim.
Nós, palhaços, estamos sempre sorrindo, fazendo caretas, arrancando gargalhadas. Algumas vezes somos palhaços, noutras nos fazemos assim.
Um dia, olhei do picadeiro e vi que havia muitos furos, outros tantos remendos, quase não se via lona.
A atração era sempre a mesma. Faltava variedade, era pouca a qualidade e havia cada vez mais espaço entre uma apresentação e outra.
Por mais esforço que se faça, a trupe busca novos ares, monta seu próprio circo.
Outra vez o circo pegou fogo. E como de costume corri a debela-lo. A medida que a chama diminuía, senti que aumentava a angustia. Parei.
Permiti que as labaredas ganhassem vida.
Poderia deletar, esconder cada item que sei, nessas horas se tornam inflamáveis. As chamas cresceram, dominaram e começaram a destruir coisas velhas.
Sentei-me ao largo e fiquei olhando, espectador de meu próprio ato.
Enquanto arde, lembro-me de certas sementes que só germinam após grande queimada. Sei que toda vez que impedimos a natureza de seguir seu curso, não a estamos ajudando. Não permitimos com nosso ato que a vida se renove.
Sei que muito se perde num incêndio. Que meus medos e segredos se farão descobertos. Que meu circo se queimou. Acabou a lona rota, se fez cinzas a arquibancada.
Desta feita, não haverá renovação. Isto implicaria em reaproveitar coisas velhas, mascarar o antigo com ares de moderno.
Desta vez Respirar uma Nova Ação. Mas o fogo ainda não apagou. Não desperdiçarei água limpa... deixarei para regar a nova vida que sei, brotará das cinzas.
DIA DOS PAIS...dia dos filhos!
A principio apenas mais uma data comercial. Aparentemente não nos importamos. É só mais um dia como outro. Na verdade não é bem assim.
Aguardamos um "Bom dia, pai! Parabéns. Você não é o melhor pai do mundo, mas é o meu pai e o admiro com todos os seus erros e acertos."
Sabemos que com o passar dos tempos, somos descobertos como realmente somos; cheios de falhas, fraquezas e não o herói indestrutível que esta sempre certo. Somos apenas humanos, com necessidades, angustias e que embora não deixemos ver, choramos, sentimos medo. Nos fazemos fortes para que os filhos se espelhem e se façam fortes. Damos nossas vidas para que também eles conquistem as suas.
As vezes cometemos erros, extrapolamos limites e magoamos ao sermos descobertos tão humanos.
Dia dos pais... dia dos filhos...
A cada dia compreendo melhor o pai que tive e tenho por ele um respeito ainda maior.
Parabéns meu pai... parabéns meus filhos...
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
AUSÊNSIA... (de palavras)
Poeta não vive sem poesia e quando lhe falta a voz, busca auxílio. Mesmo sendo como anfíbio, a poesia é o oxigenio que dá vida alimento. Não se escreve sem sentimentos, não se vive sem eles.
Hoje vem em meu socorro Vinícius que foi versejar em outros mundo.
Ausência
(Vinícius de Morais)
Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar seus olhos que são doces...
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres exausto...
No entanto a tua presença é qualquer coisa, como a luz e a vida...
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto...
E em minha voz, a tua voz...
Não te quero ter, pois em meu ser tudo estaria terminado...
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados...
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada...
Que ficou em minha carne como uma nódoa do passado...
Eu deixarei...
Tu irás e encostarás tua face em outra face...
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada...
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu...
Porque eu fui o grande íntimo da noite...
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa...
Porque os meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
E eu ficarei só como os veleiros nos portos silenciosos
Mas eu te possuirei mais que ninguém, porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas,
Serão a tua voz presente, tua voz ausente, a tua voz serenizada.
domingo, 2 de agosto de 2009
Tá tudo lá... na internet!
"Liberdade, liberdade...
Abra as asas sobre nós,
Liberdade, liberdade...
Quero ouvir a tua voz."
É um lugar onde encontramos o que queremos e nossa imaginação pode voar sem impedimentos.
Liberdade... é só entrar e viajar... não importa o que estejamos procurando... tá tudo lá... na Internet.
sábado, 1 de agosto de 2009
Soltando meus cachorros.
Repressão, confinamento, amarras. Tantos anos de aprisionamento numa cela sem portas nem grades.
Por que me fiz prisioneiro?
Tantas justificativas para o que não tem explicação. Tempo perdido com palavras ditas numa, entendida
n'outra língua. Ouve-se o que se quer, entende-se o que convém..
Horas passam... desperdício.
Por que dar-te-ia uma rosa, se posso ferir-te com os espinhos?
Para que dizer-te palavras de amor, carinho, se posso criticar-te a poesia?
Por que saciar-te o desejo de sexo, fome de atenção, se me é mais fácil cobrar-te a castidade
e proibir-te os olhares?
Como posso ver-te tão feliz, se não posso sê-lo?
Na verdade não sabemos o que fazer com o tempo que temos a nossa disposição.
Casa pequena, enorme cama. Tão grande que dormimos lado a lado sem um toque,
sem notar a presença um do outro.
Dores, amores, dissabores... Estou soltando meus cachorros.
Quero vê-los correndo pela chuva, rolando pela lama, penetrando pelas matas em busca de aventuras.
Quero-os soltos, livres das amarras, cães sem dono... vira-latas.
Melhor vê-los magros, sem comer,que amarrados sem alcançar água e alimento.
Melhor vê-los dormindo ao relento, livres, que prisioneiros em canil reluzente.
O mesmo pão que alimenta um, envenena ao outro.
Pensamentos doces, ferinas palavras. Milagres no olhar, pecados a pagar.
Por que me fiz prisioneiro?
Tantas justificativas para o que não tem explicação. Tempo perdido com palavras ditas numa, entendida
n'outra língua. Ouve-se o que se quer, entende-se o que convém..
Horas passam... desperdício.
Por que dar-te-ia uma rosa, se posso ferir-te com os espinhos?
Para que dizer-te palavras de amor, carinho, se posso criticar-te a poesia?
Por que saciar-te o desejo de sexo, fome de atenção, se me é mais fácil cobrar-te a castidade
e proibir-te os olhares?
Como posso ver-te tão feliz, se não posso sê-lo?
Na verdade não sabemos o que fazer com o tempo que temos a nossa disposição.
Casa pequena, enorme cama. Tão grande que dormimos lado a lado sem um toque,
sem notar a presença um do outro.
Dores, amores, dissabores... Estou soltando meus cachorros.
Quero vê-los correndo pela chuva, rolando pela lama, penetrando pelas matas em busca de aventuras.
Quero-os soltos, livres das amarras, cães sem dono... vira-latas.
Melhor vê-los magros, sem comer,que amarrados sem alcançar água e alimento.
Melhor vê-los dormindo ao relento, livres, que prisioneiros em canil reluzente.
O mesmo pão que alimenta um, envenena ao outro.
Pensamentos doces, ferinas palavras. Milagres no olhar, pecados a pagar.
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