…Amores impossíveis…
Naquele dia, na sala 204, quando te vi eu sabia que nós iríamos muito além do que imaginávamos, mesmo sabendo que tu és quarenta anos mais velho. Eu tenho vinte, e pensei que nunca me interessaria por alguém da sua idade.
Só de te ouvir meu corpo todo treme, é teu olhar que já conhece a vida empiricamente e meninas do meu caráter. És homem, daqueles que só precisam estalar os dedos para levar qualquer mulher ao prazer absoluto. Encantei-me com a tua paixão pela arte, foi isso.
Eu adentrei no seu mundo, porque sempre te quis nos meus sonhos mais platônicos que apenas meus diários conheciam. Perguntei ao destino “Por que te conheci em tempos tão distantes?”, um desencontro amaldiçoado pelas nossas idades.
No entanto eu sou apenas a sua amante, e nada mais que isso. Um prazer de uma new generation que não tens com a tua mulher, sou a menina novinha em folha que te sacia. Sou a tua sorte, a tua garotinha.
-Fique comigo, para sempre.
-Não, nunca ficarei contigo para sempre.
-Mas você é a mulher que eu amo.
-Tu não me amas, tu me desejas. É diferente.
-Como sabes? Não sabes o que passa nesse coração de velho.
É por ser um coração de velho que eu sei muito bem o que se passa. E sei o que se passa no meu coração de garota também. Eu te desejo, mas não é eterno. Ele morrerá com o tempo. O desejo atingirá os orgasmos que eu desconhecia, mas assim como a tua pele vai ficando enrugada e desinteressante, meu desejo por ti vai a óbito.
Amarei apenas a tua alma, como amo o meu pai. E tu te culparás por algo que não tens culpa. Teus pensamentos ficarão mais teimosos, e teu olhar eternamente viciado. És um velho que me dá prazer, porém tens uma esposa que realmente te ama (lembre-se disso). Ela te conheceu jovem e te aceitará para sempre, como um fardo, com toda essa tua personalidade orgulhosa de si. Não serei eu a escolhida para interromper a sua vida, trazer mais lágrimas que já derramei, porque eu não quero isso.
Sou uma canalha, libidinosa, e te seduzi como uma meretriz. Tudo o que eu queria: teus dedos de experiência e tua boca cortês. Agora eu me despeço de ti, sem um sinal de culpa, e podes me amaldiçoar para o resto da sua vida, porque eu nunca mais voltarei para o senhor.
O que escrevi.
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2009
(117)
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julho
(18)
- Pelos olhos de Pagu...
- Chamas de minha vida...
- OS AMANTES
- Vermelho da paixão.
- O milagre do Pão
- Auxilio do NERUDA.
- Viajem trivial
- Desejos unilaterais.
- MULHER, HOMEM...
- As Meninas do Plantão.
- Encontros Casuais
- MADALENA
- APENAS UMA CANÇÃO...
- ENGANOS FATAIS....
- SAUDADES DE QUEM?
- VIAJANTES
- ... TIC, TIC da Tecnologia..
- PRAGAS URBANAS... PRAGAS HUMANAS.
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julho
(18)
sexta-feira, 31 de julho de 2009
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Chamas de minha vida...
Adentrei numa floresta, atraído pela aventura. Tinha em mente trilhar caminhos conhecidos e ficar a uma distancia segura, de maneira a poder voltar quando achasse conveniente. Senti-me inebriado com os cheiros, aromas e sabores, embriagado com as belezas, cachoeiras e cascatas,
remanso de águas límpidas e refrescantes. Tudo era envolvente e de repente vi-me perdido e sem saber que rumo tomar ou como retornar a trilha original. Nas matas a noite cai rápido e a escuridão e desconhecimento são assustadoras. Honestamente não sabia o que fazer. Já havia me aventurado tantas vezes por estas selvas e delas saia tranquilo, satisfeito com a viagem. Desta porém, encontrava-me envolto pela escuridão, pelos sons desconhecidos, pelo medo de uma situação poucas vezes antes vivenciadas. Noutras aventuras, percorria os caminhos deixando marcas que me guiariam o retorno e certo dos perigos de se adentrar muito profundamente nessas matas, ali somente retornava quando não mais havia odores e sinais deixados por mim.
Sei que no meio desta escuridão, acendi uma fogueira para iluminar e aquecer até que raiasse um novo dia e então encontrasse o norte de minha rota. As horas, quando se esta perdido, correm lentas, sem pressa e em seu passar mais me sentia perdido, aflito, pois, sei que os caminhos se fecham, tornando a volta mais difícil. A medida que a noite me envolvia, mais lenha colocava no fogo. O trepidar das labaredas e brasas voando no ar fizeram me esquecer de alguns cuidados e encantado com o espetáculo outra vez estava envolvido. De repente rompeu-se um incêndio na floresta e o controle fugiu de minhas mãos. Confesso que a experiência evitou um mal maior. Lutei para debelar o fogo, mas enquanto apagava um foco aqui, outro surgia mais a frente e sem perceber mais adentrava na floresta. Hoje, sinto-me em meio a um braseiro que aquece mas não queima, abundante água que não apaga este fogo e nem posso saciar a sede. As vezes vejo as chamas se extinguindo numa direção e me encaminho para lá, mas sempre há lenha nova a cair e dar nova vida ao fogarel. Vou quedar-me silencioso, ouvir o estalar das brasas pipocando ao fogo, sentir o calor que estas chamas me dão e quem sabe no silêncio da noite que me envolve possa uma estrela me guiar, mostrando nova trilha. Sei que os incêndios ao se apagarem deixam profundas marcas, mas renovam a vida, trazem novos cheiros, outros sabores. Sei que um dia me perderei novamente nessas matas que me atraem, pois sem suas cores, incêndios e calor não saberia viver.
remanso de águas límpidas e refrescantes. Tudo era envolvente e de repente vi-me perdido e sem saber que rumo tomar ou como retornar a trilha original. Nas matas a noite cai rápido e a escuridão e desconhecimento são assustadoras. Honestamente não sabia o que fazer. Já havia me aventurado tantas vezes por estas selvas e delas saia tranquilo, satisfeito com a viagem. Desta porém, encontrava-me envolto pela escuridão, pelos sons desconhecidos, pelo medo de uma situação poucas vezes antes vivenciadas. Noutras aventuras, percorria os caminhos deixando marcas que me guiariam o retorno e certo dos perigos de se adentrar muito profundamente nessas matas, ali somente retornava quando não mais havia odores e sinais deixados por mim.
Sei que no meio desta escuridão, acendi uma fogueira para iluminar e aquecer até que raiasse um novo dia e então encontrasse o norte de minha rota. As horas, quando se esta perdido, correm lentas, sem pressa e em seu passar mais me sentia perdido, aflito, pois, sei que os caminhos se fecham, tornando a volta mais difícil. A medida que a noite me envolvia, mais lenha colocava no fogo. O trepidar das labaredas e brasas voando no ar fizeram me esquecer de alguns cuidados e encantado com o espetáculo outra vez estava envolvido. De repente rompeu-se um incêndio na floresta e o controle fugiu de minhas mãos. Confesso que a experiência evitou um mal maior. Lutei para debelar o fogo, mas enquanto apagava um foco aqui, outro surgia mais a frente e sem perceber mais adentrava na floresta. Hoje, sinto-me em meio a um braseiro que aquece mas não queima, abundante água que não apaga este fogo e nem posso saciar a sede. As vezes vejo as chamas se extinguindo numa direção e me encaminho para lá, mas sempre há lenha nova a cair e dar nova vida ao fogarel. Vou quedar-me silencioso, ouvir o estalar das brasas pipocando ao fogo, sentir o calor que estas chamas me dão e quem sabe no silêncio da noite que me envolve possa uma estrela me guiar, mostrando nova trilha. Sei que os incêndios ao se apagarem deixam profundas marcas, mas renovam a vida, trazem novos cheiros, outros sabores. Sei que um dia me perderei novamente nessas matas que me atraem, pois sem suas cores, incêndios e calor não saberia viver.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
OS AMANTES
De repente alguém cantou:
"Vida de amante é assim mesmo,
Perto e distante, acertos e erros,
Chega a sangrar ficar ao lado seu sem te tocar"
Palavras poucas, sentidos muitos.
Vidas ocultas, desejos secretos.
Assim são os amantes; vidas duplas, mentiras e verdades.
Beijar uma boca querendo outra.
Ah! Mas não mude a condição.
É tirar panela quente, a esfriar no tempo e na rotina.
Os mistérios e segredos, chama eterna a manter a emoção.
Ah! Os amantes a chorar as escondidas.
Horas que se eternizam na espera, tempo que se esvai num abraço.
Mal se chega, a partida vem cobrar dos amantes a despedida.
Foi pouco, foi bom... sede insaciável.
Volta a vida, sentimentos a ocultar. Sangra o peito nesta hora.
Até breve, quem sabe. Até quando permitir o destino.
(música citada: Os amantes; Companhia do Samba)
"Vida de amante é assim mesmo,
Perto e distante, acertos e erros,
Chega a sangrar ficar ao lado seu sem te tocar"
Palavras poucas, sentidos muitos.
Vidas ocultas, desejos secretos.
Assim são os amantes; vidas duplas, mentiras e verdades.
Beijar uma boca querendo outra.
Ah! Mas não mude a condição.
É tirar panela quente, a esfriar no tempo e na rotina.
Os mistérios e segredos, chama eterna a manter a emoção.
Ah! Os amantes a chorar as escondidas.
Horas que se eternizam na espera, tempo que se esvai num abraço.
Mal se chega, a partida vem cobrar dos amantes a despedida.
Foi pouco, foi bom... sede insaciável.
Volta a vida, sentimentos a ocultar. Sangra o peito nesta hora.
Até breve, quem sabe. Até quando permitir o destino.
(música citada: Os amantes; Companhia do Samba)
Vermelho da paixão.
Muitas há. De todas as cores. Amo-as apaixonadamente.
Louras, morenas, douradas, com reflexos.
Cada qual com um brilho especial, com sua luz a atrair-nos; mariposas.
Mas, dentre todas uma desponta e me incendeia.
Quando a vejo, quedo-me estático, abobado até que se perca na multidão.
Ah! Ruivas... Ruivas, minha perdição.
Me encanto com o sol a afagar-lhe os cabelos, como a roubar um brilho seu.
Incendeia suas mechas, reluz nos olhos meus.
Ah! Ruivas, vermelho da paixão, sangue a pulsar mais forte, dispara o coração.
Queria dedicar-lhe um poema, embaralha-me os pensamentos.
Ruivas, com pequenas pintas pelo colo, pequenas nebulosas a enfeitar-lhe o rosto.
Fascinantes como o sol no entardecer... emudeço cada vez que desponta em meu caminho.
Ah! Ruivas...
Louras, morenas, douradas, com reflexos.
Cada qual com um brilho especial, com sua luz a atrair-nos; mariposas.
Mas, dentre todas uma desponta e me incendeia.
Quando a vejo, quedo-me estático, abobado até que se perca na multidão.
Ah! Ruivas... Ruivas, minha perdição.
Me encanto com o sol a afagar-lhe os cabelos, como a roubar um brilho seu.
Incendeia suas mechas, reluz nos olhos meus.
Ah! Ruivas, vermelho da paixão, sangue a pulsar mais forte, dispara o coração.
Queria dedicar-lhe um poema, embaralha-me os pensamentos.
Ruivas, com pequenas pintas pelo colo, pequenas nebulosas a enfeitar-lhe o rosto.
Fascinantes como o sol no entardecer... emudeço cada vez que desponta em meu caminho.
Ah! Ruivas...
quinta-feira, 23 de julho de 2009
O milagre do Pão
Um pouco de afeto, um olhar.
Um abraço apertado, coração em chamas.
Um pão a fazer.
Trabalho, trigo... ovos e água,
Fermento, sorrisos, sentimentos
Doce como açúcar, sal que tempera a vida.
Presença que aquece, medos que se esvaem.
Sovar a massa, moldar o pão. Forno quente.
Corpos colados no abraço, palavras desnecessárias.
Energia... troca justa.
Saudades...sonhos.
Tudo que se dá, quanto se recebe.
Pão, transformação... o fermento cresce,
Infinito o sentimento.
Ingredientes muitos, milagre único.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Auxilio do NERUDA.
Há momentos em nossa vida que perdemos as palavras e sentimos que se esvaem como areia por entre os dedos e tentamos em vão segurar... sentimos apenas o vento morno a espalhar o calor e dissipar presenças por outras paragens. Nessas horas em que me faltam as palavras busco socorro nos poetas. Hoje peço auxilio ao Neruda
Ou flecha de cravos que propagam o fogo;
Te amo como se amam certas coisas obscuras,
Secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva
Dentro se si, oculta, a luz daquelas flores,
E graças a teu amor vive escuro em meu corpo
O apertado aroma que ascendeu da terra.
Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
Te amo diretamente sem problemas nem orgulho:
Assim te amo porque não sei amar de outra maneira;
Senão deste modo em que não sou nem és,
Tão perto que tua mão sobre meu peito é minha,
Tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.
(Pablo Neruda)
XVII
Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio Ou flecha de cravos que propagam o fogo;
Te amo como se amam certas coisas obscuras,
Secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva
Dentro se si, oculta, a luz daquelas flores,
E graças a teu amor vive escuro em meu corpo
O apertado aroma que ascendeu da terra.
Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
Te amo diretamente sem problemas nem orgulho:
Assim te amo porque não sei amar de outra maneira;
Senão deste modo em que não sou nem és,
Tão perto que tua mão sobre meu peito é minha,
Tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.
(Pablo Neruda)
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Viajem trivial
Passamos tanto por um mesmo caminho que, deixamos de prestar atenção a detalhes que deslumbram a outros.
Até o trem em que viajamos, nos parece trivial e não percebemos que em suas idas e vindas são outras pessoas a cruzar nosso caminho. Somos passageiros nessa viagem e um dia aportaremos em alguma estação.
Embora viajemos por um curto período, nos envolvemos numa rotina e agimos como se a viagem não fosse acabar nunca.
Com o tempo, nos abatemos e deixamos de cuidar do caminho. Esquecemos que embarcamos todos os dias e voltamos para a mesma estação.
Talvez nos cansamos da companhia que viaja ao nosso lado.
Temos medo de nos misturarmos na multidão e interagir com os que passam por nós.
Estamos ilhados no meio de tantos... solitários. Receamos o envolvimento e a troca que isto exige. Somos incapazes de sentir a necessidade alheia e compartilhar afetos. Egoístas, buscamos satisfazer apenas nossos desejos e sermos ouvidos em nossos lamentos.
Desejos unilaterais.
As vezes nos desiludimos, sofremos por desejos não compartilhados.
Depositamos esperanças e buscamos no outro um prazer que nos mostra unilateral.
Então no desencanto nos recolhemos, introspectos, com magoas a envenenar o corpo e a mente.
Por que torturar-se com algo que sabemos não vai mudar?
Pensamentos voam. Buscam outras paisagens, lugares desconhecidos, amores novos, aventuras.
O tempo cicatriza as feridas. Engrossa a casca, substitui a ternura pela rigidez de gestos e palavras. Toques, beijos rejeitados, afastamentos.
Tão próximos... tão distantes.
MULHER, HOMEM...
HÁ QUANTO NÃO PARO PARA PENSAR?
NAS DORES, NOS AMORES, DISSABORES!
NA VIDA QUE SEGUE INCANSÁVEL,
SEMPRE MUTÁVEL. EVOLUÇÃO.
PESSOAS NOVAS, PENSAMENTO NOVO.
TECNOLOGIA.
UMA MUNDO CADA VEZ MENOR
PESSOAS VELHAS, VIDAS NO PASSADO.
LEMBRANÇAS, SAUDADES...
MORTE NO PRESENTE, ESQUECIMENTO NO FUTURO.
CONSCIÊNCIA, RELIGIÃO, FÉ... MEDO.
DESCONHECIDO, AMORES VIVIDOS...
DESILUSÃO, PAIXÃO, DESEJOS CONTIDOS,
PROIBIDOS... ESCONDIDOS,
MULHER, HOMEM...
VIDA
sábado, 11 de julho de 2009
As Meninas do Plantão.
Como mascaras, nossos nomes ocultam quem somos. Muitas vezes sabemos apenas o codinome.
Personagens com histórias, vidas duplas, sonhos e necessidades tantas.
Aqui, uma ilha em meio a um mar revolto.
As Meninas do Plantão... o fazem nossa casa. Sorrisos francos, abraços quentes, amizade sincera.
Brincadeiras muitas. Dedicação, trabalho... recompensa?
São Hilarys, Ritas, PoliAnas, Antonietas... Aqui há aconchego.
Todos que passam por aqui, levam saudades, querem voltar.
Há outros... nenhum igual a este.
Outras meninas existem por ai, mas nenhuma tem o charme que faz deste o melhor de todos.
As Meninas do Plantão são especiais. Universos coloridos.
Cada uma é como um sol que aquece e brilha.
Plantões há muitos, mas aqui aporto tranquilo e calmo.
Personagens com histórias, vidas duplas, sonhos e necessidades tantas.
Aqui, uma ilha em meio a um mar revolto.
As Meninas do Plantão... o fazem nossa casa. Sorrisos francos, abraços quentes, amizade sincera.
Brincadeiras muitas. Dedicação, trabalho... recompensa?
São Hilarys, Ritas, PoliAnas, Antonietas... Aqui há aconchego.
Todos que passam por aqui, levam saudades, querem voltar.
Há outros... nenhum igual a este.
Outras meninas existem por ai, mas nenhuma tem o charme que faz deste o melhor de todos.
As Meninas do Plantão são especiais. Universos coloridos.
Cada uma é como um sol que aquece e brilha.
Plantões há muitos, mas aqui aporto tranquilo e calmo.
Encontros Casuais
NAS SALAS DE MEUS PENSAMENTOS BUSCO
ALGUÉM PARA APLACAR A SOLIDÃO.
SOLIDÃO ENTRE TANTOS... SOLIDÃO A DOIS
VAGO AS ESCURAS.
ANSEIOS, DESEJOS... PROCURA
PENSAMENTOS VAGOS, SAUDADES
DE LUGARES QUE NÃO CONHEÇO
DE PESSOAS QUE NÃO VI
ONDE ESTA A SALVADORA COM SUA LUZ?
NOITE FRIA... LUA CHEIA
OLHAR PERDIDO... ESTRELAS... BUSCA,
LONGE COMO O PENSAMENTO
TÃO PERTO QUE SINTO SEU SUSSURRO,
O HÁLITO QUENTE E SUAVE
MURMURANDO PALAVRAS DE AFETO
ME ACONCHEGO... ADORMEÇO.
MADALENA
QUE PECADOS POVOAM TEUS PENSAMENTOS,
MORENA MENINA...
QUÃO ANGUSTIANTE E TENEBROSOS SÃO,
PARA QUE TRAVESTIDA DE MADALENA
BUSQUE O PERDÃO...
E NA INOCÊNCIA E BELEZA
DE UMA FLOR DE LIZ,
DESABROCHE PARA A VIDA
COM TANTA PAIXÃO.
MARINA, PORTO SEGURO...
ÁGUAS CALMAS
ONDE ATRACAR PARA O DESCANSO.
MORENA... CONVITE PARA O PECADO,
O DESEJO E O SONHO.
MARINA MADALENA
MORENA MENINA
CONTA-ME TEUS SEGREDOS,
CONTO-TE MEUS ANSEIOS
LIZ, MORENA MADALENA
PORTO SEGURO... MAR AGITADO,
MARINA... MEU ANCORADOURO.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
APENAS UMA CANÇÃO...
(canção: Brincando com a vida, de Belchior)
Um dia ouvi uma canção que dizia:
"Eu estou sempre em perigo e minha vida
Sempre esta por um tris"
Poucas palavras...profundas em minha alma.
"Se vejo correr uma estrela no céu eu digo:
Deus te guie zelação,
Amanhã vou ser feliz"
Sou assim mesmo... cheio de esperança.
"É caminhando que se faz o caminho..."
A vida passa ligeiro... quase não conseguimos acompanhar.
Encontros... desencontros, amores perdidos,
Feridas curadas, cicatrizes vivas.
"Quem dera a juventude a vida inteira,
Eu escolhi a vida como minha namorada,
Com quem vou fazer amor... a noite inteira"
O corpo envelhece, o espírito não.
O sonho rejuvenesce a alma.
"Mas quando você me amar,
Me abrace, me beije bem devagar"
Envolva-me em seus pensamentos... desejos...
ENGANOS FATAIS....
(para Mara Lih)
Há vezes que me dou tão intensamente,
Que provoco enganos... quase sempre fatais.
Fatais para amizades que perco...
Por enganos...
Deixo aflorar todo sentimento,
Envolvo-me profundamente.
Algumas pensam que estou apaixonado... perdidamente
E me descartam antes que as coisas se compliquem,
Ledo engano... era só amizade.
Outras pensam que estou apaixonado... perdidamente
E me descartam ao perceberem que era só amizade.
As primeiras caem no ostracismo e
Dificilmente conseguimos nos envolver uma segunda vez.
Outras, ao perceberem a impossibilidade do relacionamento...
Me odeiam tão profundamente que jamais
Nos envolveremos uma segunda vez.
De um jeito ou de outro... estou sempre perdendo.
Talvez seja a sina da alma de um poeta.
SAUDADES DE QUEM?
SAUDADES... SAUDADES DE QUEM, SAUDADES DO QUE?
EM CERTOS MOMENTOS NÃO IDENTIFICAMOS CLARAMENTE O QUE OU QUEM NOS TRÁS AQUELE SENTIMENTO QUE COMEÇA DEVAGARINHO E VAI AUMENTANDO COMO UMA FOGUEIRA QUE FAZEMOS E PERDEMOS O CONTROLE. DE REPENTE HÁ UM INCÊNDIO A ARDER NO PEITO. É UM FOGO QUENTE QUE NÃO QUEIMA, UMA CHAMA VIVA QUE NÃO SE APAGA. AH! SAUDADES.... PESSOAS QUE NOS MARCAM TÃO PROFUNDAMENTE, LEMBRANÇAS DE MOMENTOS QUE NOS PROIBIMOS, NÃO VIVEMOS... COMO UMA CANÇÃO QUE DEIXAMOS DE OUVIR POR TEMER SUA PALAVRAS. SAUDADES.... AH! SAUDADES... POR QUE A SENTIMOS E NÃO CONTROLAMOS. SINTO-ME PERMEÁVEL COMO A TERRA QUE SENTE A CHUVA CAIR E PENETRAR EM SEU ÂMAGO SEM PEDIR LICENÇA E SE INSTALAR... SE APOSSAR DE MEU CORPO E MINHA ALMA.
EM CERTOS MOMENTOS NÃO IDENTIFICAMOS CLARAMENTE O QUE OU QUEM NOS TRÁS AQUELE SENTIMENTO QUE COMEÇA DEVAGARINHO E VAI AUMENTANDO COMO UMA FOGUEIRA QUE FAZEMOS E PERDEMOS O CONTROLE. DE REPENTE HÁ UM INCÊNDIO A ARDER NO PEITO. É UM FOGO QUENTE QUE NÃO QUEIMA, UMA CHAMA VIVA QUE NÃO SE APAGA. AH! SAUDADES.... PESSOAS QUE NOS MARCAM TÃO PROFUNDAMENTE, LEMBRANÇAS DE MOMENTOS QUE NOS PROIBIMOS, NÃO VIVEMOS... COMO UMA CANÇÃO QUE DEIXAMOS DE OUVIR POR TEMER SUA PALAVRAS. SAUDADES.... AH! SAUDADES... POR QUE A SENTIMOS E NÃO CONTROLAMOS. SINTO-ME PERMEÁVEL COMO A TERRA QUE SENTE A CHUVA CAIR E PENETRAR EM SEU ÂMAGO SEM PEDIR LICENÇA E SE INSTALAR... SE APOSSAR DE MEU CORPO E MINHA ALMA.
terça-feira, 7 de julho de 2009
VIAJANTES
Há muito já caminhava por esta estrada, quando você chegou. Como uma brisa morena, tocou-me a face, percorreu meu corpo como chama que arde.
Tal qual velha árvore, casca grossa, marcas do tempo, açoitada pelas areias de amores passados, trago marcas em meu peito.
Somos viajantes; três amigos, três amigas, muitas vidas, sonhos e desejos que ficam na bagagem e aumentam o fardo.
Estradas paralelas, trilhas que se cruzam.
Como cavaleiro, dom Juan, Dartanhan, sigo a passos lentos, Don Quixote em busca de aventuras, tentando despertar a jovem viajante, aprisionada, adormecida enquanto a outra cresce.
Estradas paralelas, margens opostas. Ilhas de promessas... caminhos a seguir.
Viajantes seguindo a mesma direção.
Todos vão para lá.
Muitos cortam nossa estrada, companheiros de momento. Uns se fazem amigos deixam marcas, outros marcam amargamente.
Lembranças, todas. Feridas muitas. Cicatrizes... cura externa, marcas n'alma.
Quem somos? O que somos?
Viajantes tolos, criando regras, respeitando medos... fugindo à vida.
Viagem curta, magia oculta, coração sangrando... talvez esperando deste viajante o que ele também espera.
Estradas paralelas... companheiros por quanto tempo?
Sobe em meu cavalo, cavalguemos juntos, até quem sabe, venha outro cavaleiro desviar seu rumo, a morte convidando para outra jornada, deixando marcas na parede, memórias vivas feitas com ferro em brasa.
domingo, 5 de julho de 2009
... TIC, TIC da Tecnologia..
... Tic... Tic... Tic, Tic... Tic !
__ Seu filho da puta! Some daqui!
Assim começou um dialogo não muito amistoso sobre uma observação feita a respeito da destreza na digitação de um texto.
__ Ah... ah...ah! É que você é uma "boa" datilógrafa!
__ Sai daqui idiota!
__ Isto dá um bom texto... vou por no blog.
__ Se você fizer isto, eu peço divorcio.
Foi uma conversa curta, mas explicitou muitas falhas comuns em nosso comportamento diário.
Demonstrou que muitas vezes não damos conta da tecnologia que avança a passos largos e por negligência ou descuido ficamos parados no tempo. Há bem pouco, exigia-se que fossemos excelentes datilógrafos e que tivéssemos outros conhecimentos para nos inserirmos no mercado.
Talvez por preguiça ou falta de visão, a maioria das pessoas não se preocupavam em manter-se atualizadas. Vieram novas tecnologias e velhas funções foram abandonadas da noite para o dia, deixando uma legião de desempregados, desesperados por não saber o que fazer naquele momento. Antigamente, não há tanto tempo quanto a palavra nos remete, mas há alguns anos atrás , quando os PCs começaram a ganhar o mundo e se tornarem peças indispensáveis no trabalho, no lazer, na vida em geral, vemos os mesmos erros serem cometidos. Embora a geração que nasceu com a tecnologia tente acompanha-la, muitos se dão ao luxo de ficar alheios e ignoram a necessidade de conhecimento. É natural que um bom datilógrafo do passado será um digitador melhor que alguém que simplesmente foi colocado à frente de um teclado. Na verdade o que temos hoje é só a evolução do tínhamos no passado. Mas as pessoas não evoluem na mesma velocidade. Somos preconceituosos com aqueles que sabem menos e sofremos com os que tem um pouco mais de conhecimento. Não vemos que é apenas o desenvolvimento e a transformação de um planeta vivo e em constante ebulição. E, naturalmente, como em épocas passadas, quem não acompanhar, será engolido pelas novas tecnologias.
__ Seu filho da puta! Some daqui!
Assim começou um dialogo não muito amistoso sobre uma observação feita a respeito da destreza na digitação de um texto.
__ Ah... ah...ah! É que você é uma "boa" datilógrafa!
__ Sai daqui idiota!
__ Isto dá um bom texto... vou por no blog.
__ Se você fizer isto, eu peço divorcio.
Foi uma conversa curta, mas explicitou muitas falhas comuns em nosso comportamento diário.
Demonstrou que muitas vezes não damos conta da tecnologia que avança a passos largos e por negligência ou descuido ficamos parados no tempo. Há bem pouco, exigia-se que fossemos excelentes datilógrafos e que tivéssemos outros conhecimentos para nos inserirmos no mercado.
Talvez por preguiça ou falta de visão, a maioria das pessoas não se preocupavam em manter-se atualizadas. Vieram novas tecnologias e velhas funções foram abandonadas da noite para o dia, deixando uma legião de desempregados, desesperados por não saber o que fazer naquele momento. Antigamente, não há tanto tempo quanto a palavra nos remete, mas há alguns anos atrás , quando os PCs começaram a ganhar o mundo e se tornarem peças indispensáveis no trabalho, no lazer, na vida em geral, vemos os mesmos erros serem cometidos. Embora a geração que nasceu com a tecnologia tente acompanha-la, muitos se dão ao luxo de ficar alheios e ignoram a necessidade de conhecimento. É natural que um bom datilógrafo do passado será um digitador melhor que alguém que simplesmente foi colocado à frente de um teclado. Na verdade o que temos hoje é só a evolução do tínhamos no passado. Mas as pessoas não evoluem na mesma velocidade. Somos preconceituosos com aqueles que sabem menos e sofremos com os que tem um pouco mais de conhecimento. Não vemos que é apenas o desenvolvimento e a transformação de um planeta vivo e em constante ebulição. E, naturalmente, como em épocas passadas, quem não acompanhar, será engolido pelas novas tecnologias.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
PRAGAS URBANAS... PRAGAS HUMANAS.
Há alguns dias, ouvi numa emissora de T.V. uma chamada sobre uma reportagem abordando o problema das "pragas urbanas" e os prejuízos que elas causam para a cidade: as doenças, a sujeira e os gastos do poder público com tais pragas. Sabemos dos danos causados por cupins quando invadem as casas e devoram tudo que é fabricado ou tem como matéria prima a madeira.
Os pombos que transmitem doenças, sujam os carros e infestam as praças, catedrais, hospitais e tantos outros prédios públicos. Os ratos que dispensam apresentação. Nos os conhecemos e sabemos dos danos causados por esta praga que se adapta a qualquer ambiente.
Mas analisando os danos causados por uma outra espécie de praga muito mais nociva que as outras todas juntas. O "homem": espécie humana que infesta este planeta. Não analiso aqui o mal em todos os cantos da terra, mas somente o causado na cidade. Os traficantes de todo tipo de drogas que espalham doenças, prejuízos, mortes e um enorme gasto com a mobilização de forças policiais para combate-los. Os viciados que infestam as ruas, sujam mais que os pombos, roubam, agridem as pessoas, cometem todo tipo de crime, transmitem doenças sexuais e outras tantas, além de ocuparem os hospitais e causarem enormes gastos com remédios e internações que não os tira da condições em que se encontram. Os policiais corruptos que mantém o ciclo vicioso e garantem a perpetuação de outras pragas urbanas como os traficantes de armas, ladrões de carros, sequestradores, assaltantes de toda espécie e paramilitares que usam de um poder que não lhes é constituído para ocupar as lacunas deixadas pelos governantes. Os políticos, uma espécie de praga com poderes para causar danos piores que os ratos. Os roedores apenas invadem um espaço para se alimentar do lixo deixado pela praga humana. Os políticos, com a corrupção e roubalheira do dinheiro publico, matam mais que qualquer doença causada por todas as "pragas" naturais. O "homem comum". Este talvez seja a pior espécie de praga existente no planeta.
Sorrateiramente e em silencio provoca mais danos ao meio ambiente e a vida na terra que qualquer outra praga que possa aparecer ou que tenha sido extinta.
Pensando bem, quem causa maiores problemas e deveriam ser controladas?
As pragas urbanas naturais ou a praga humana que as cria?
Os pombos que transmitem doenças, sujam os carros e infestam as praças, catedrais, hospitais e tantos outros prédios públicos. Os ratos que dispensam apresentação. Nos os conhecemos e sabemos dos danos causados por esta praga que se adapta a qualquer ambiente.
Mas analisando os danos causados por uma outra espécie de praga muito mais nociva que as outras todas juntas. O "homem": espécie humana que infesta este planeta. Não analiso aqui o mal em todos os cantos da terra, mas somente o causado na cidade. Os traficantes de todo tipo de drogas que espalham doenças, prejuízos, mortes e um enorme gasto com a mobilização de forças policiais para combate-los. Os viciados que infestam as ruas, sujam mais que os pombos, roubam, agridem as pessoas, cometem todo tipo de crime, transmitem doenças sexuais e outras tantas, além de ocuparem os hospitais e causarem enormes gastos com remédios e internações que não os tira da condições em que se encontram. Os policiais corruptos que mantém o ciclo vicioso e garantem a perpetuação de outras pragas urbanas como os traficantes de armas, ladrões de carros, sequestradores, assaltantes de toda espécie e paramilitares que usam de um poder que não lhes é constituído para ocupar as lacunas deixadas pelos governantes. Os políticos, uma espécie de praga com poderes para causar danos piores que os ratos. Os roedores apenas invadem um espaço para se alimentar do lixo deixado pela praga humana. Os políticos, com a corrupção e roubalheira do dinheiro publico, matam mais que qualquer doença causada por todas as "pragas" naturais. O "homem comum". Este talvez seja a pior espécie de praga existente no planeta.
Sorrateiramente e em silencio provoca mais danos ao meio ambiente e a vida na terra que qualquer outra praga que possa aparecer ou que tenha sido extinta.
Pensando bem, quem causa maiores problemas e deveriam ser controladas?
As pragas urbanas naturais ou a praga humana que as cria?
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