Omar Talih


localizar

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Auxilio do NERUDA.

Há momentos em nossa vida que perdemos as palavras e sentimos que se esvaem como areia por entre os dedos e tentamos em vão segurar... sentimos apenas o vento morno a espalhar o calor e dissipar presenças por outras paragens. Nessas horas em que me faltam as palavras busco socorro nos poetas. Hoje peço auxilio ao Neruda


XVII
Não te amo como se fosses rosa de sal, topázio
Ou flecha de cravos que propagam o fogo;
Te amo como se amam certas coisas obscuras,
Secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva
Dentro se si, oculta, a luz daquelas flores,
E graças a teu amor vive escuro em meu corpo
O apertado aroma que ascendeu da terra.
Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
Te amo diretamente sem problemas nem orgulho:
Assim te amo porque não sei amar de outra maneira;
Senão deste modo em que não sou nem és,
Tão perto que tua mão sobre meu peito é minha,
Tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.
(Pablo Neruda)

2 comentários:

  1. Eu amo o Neruda, ele é incrivel.Gosot do poema Talvez é belo e transcede....


    Abraço!

    ResponderExcluir
  2. Juro q estou tentando me atualizar no blog e comentar... mas nem sempre acho o que dizer... ou não sei como expressar....
    Amo você!!

    ResponderExcluir