Há muito já caminhava por esta estrada, quando você chegou. Como uma brisa morena, tocou-me a face, percorreu meu corpo como chama que arde.
Tal qual velha árvore, casca grossa, marcas do tempo, açoitada pelas areias de amores passados, trago marcas em meu peito.
Somos viajantes; três amigos, três amigas, muitas vidas, sonhos e desejos que ficam na bagagem e aumentam o fardo.
Estradas paralelas, trilhas que se cruzam.
Como cavaleiro, dom Juan, Dartanhan, sigo a passos lentos, Don Quixote em busca de aventuras, tentando despertar a jovem viajante, aprisionada, adormecida enquanto a outra cresce.
Estradas paralelas, margens opostas. Ilhas de promessas... caminhos a seguir.
Viajantes seguindo a mesma direção.
Todos vão para lá.
Muitos cortam nossa estrada, companheiros de momento. Uns se fazem amigos deixam marcas, outros marcam amargamente.
Lembranças, todas. Feridas muitas. Cicatrizes... cura externa, marcas n'alma.
Quem somos? O que somos?
Viajantes tolos, criando regras, respeitando medos... fugindo à vida.
Viagem curta, magia oculta, coração sangrando... talvez esperando deste viajante o que ele também espera.
Estradas paralelas... companheiros por quanto tempo?
Sobe em meu cavalo, cavalguemos juntos, até quem sabe, venha outro cavaleiro desviar seu rumo, a morte convidando para outra jornada, deixando marcas na parede, memórias vivas feitas com ferro em brasa.
Esses dias pensei em te cobrar poesias ....
ResponderExcluiro blog que eu falei é: www.escrevalolaescreva.com.br